Equipe multiprofissional do Hospital São José arrumou um jeitinho para que pacientes saibam quem eles são

Por trás de tantos equipamentos há pais, mães, filhos e filhas e que deixam as suas famílias em casa para cuidar de entes queridos de outras famílias, e estes profissionais da saúde do Hospital São José tem rosto, sonhos, objetivos e acima de tudo muita disposição para ajudar o próximo.

Todos os dias a mesma rotina. É preciso colocar um, dois e muitas vezes podendo chegar até três itens de Proteção Individual – EPI; para daí então, colocar o último macacão azul; este da foto, que vestem os profissionais da saúde utilizado diariamente para o atendimento dos pacientes que enfrentam do Covid-19.

Depois das roupas, há a necessidade de uma proteção especial para os pés, um óculos, uma máscara específica e ainda um escudo de acrílico em frente ao rosto que serve também para proteger os médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, psicólogos, higienizadoras e uma equipe inteira que está “lutando” de frente com esta pandemia.

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Mas por trás de tanta roupa, tanta proteção, há a Tatiana, a Lidiane o Marcelo, a Joseane e muitos outros profissionais que saem todos os dias de seus lares; trabalham horas e horas se necessário for, dispostos a ajudar pessoas que precisam de tratamento.

“Nossa rotina mudou bastante. Mesmo trabalhando todos os dias notamos que a rotina mudou muito. Temos bastante receio pelo contágio agora. Sempre tivemos todo cuidado necessário, mas na atual situação, precisamos intensificar alguns hábitos e criar outros. Eu particularmente trabalho em três hospitais da região; colocar todos estes equipamentos, retirá-los, fazer a higienização necessária, ter que se deslocar de um hospital para o outro nos vestir novamente, não tem sido tarefa fácil. Os EPI´s quando usados por muito tempo, cansam, apertam, a máscara não é nada confortável, a gente sua, mas sabemos que é necessário, temos que nos proteger e foi por isso que nos formamos, para tratar os pacientes todos os dias, independente de qualquer circunstância”, conta o médico intensivista Marcelo Brum Vinhas.

Desde o início da pandemia, o HSJosé já se preparava há três meses para um problema que estava por vir; começou a fazer estoque de EPI´s, organizar fluxos, montar sala de triagem especifica para atendimento de pacientes com suspeita de Covid-19, abrindo novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva-UTI para caso houvesse necessidade; treinou profissionais e se preparou para o enfrentamento do problema; mesmo sabendo que o cenário poderia ser diferente.

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Os profissionais designados para prestarem este tipo de atendimento hoje, já enfrentam um pouco da realidade, situação esta que nem chega perto da realidade vivida nos países como Itália, Espanha e Estados Unidos; mas estes colaboradores precisam ficar totalmente isolados e não possuem contato com outros setores por estarem totalmente paramentados, sendo possível enxergar muitas vezes, apenas os olhos.

Tatiana é enfermeira da Unidade de Terapia Intensiva do HSJosé há 13 anos, já é acostumada com esta rotina, mas segundo ela, este é um momento extremamente diferente de tudo que já viveu.

“Confesso que receber pacientes acometidos com Covid-19 gera na gente um certo frio na barriga, porque agora não temos apenas que ter cuidado com o paciente em especial; o cuidado precisa ser com a equipe, comigo, com minha família e isso mexe muito com nosso emocional, que precisa estar bem estruturado. Mesmo com toda esta tensão, percebo uma grande união da equipe, o cuidado mútuo. A gente entende que a necessidade dos EPI´s, que são trabalhosos e precisamos ter todo cuidado ao colocar e ao retirar, mas sabemos a importância. E em meio a tudo isso, vemos o cuidado da direção do hospital em nos oferecer condições de trabalho e atendimento com psicóloga à disposição e suporte de nossa gerência. Sei que isso tudo vai passar e estaremos mais fortes”, comenta a enfermeira da UTI (Covid-19), Tatiana Pereira.

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Um diferencial mesmo em frente à situação atual

Devido a necessidade para o enfrentamento frente a esta pandemia, são utilizados no HSJosé, cerca de 90 Kits EPI’s por dia, são macacões, máscaras, óculos e etc. Pensando em trazer um pouco mais de alívio neste momento e deixar ainda mais o processo de atendimento humanizado, o serviço de enfermagem, observando algumas ações de outros hospitais e divulgações nas redes sociais; teve a ideia de confeccionar crachás com fotos e nome de cada colaborador em um tamanho visível para que os pacientes pudessem saber quem estava cuidando deles.

A ideia deu super certo e hoje os colaboradores que estão nos setores onde recebem pacientes internados por Covid-19, já podem ser novamente chamados por seus nomes.

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