Parque das Nações 11 anos: conheça a história do parque mais famoso de Criciúma

Um dos maiores espaços culturais de Santa Catarina completa 11 anos de inauguração nesta terça-feira (27). Localizado no bairro Próspera, em Criciúma, o Parque das Nações Cincinato Naspolini é um dos principais pontos de lazer dos moradores e visitantes da cidade. Com área total de 109 mil metros quadrados, o parque eterniza a memória das etnias que povoaram o município. Inaugurado em 2011, o local também homenageia o ex-prefeito, Cincinato Naspolini. Atualmente, o espaço recebe em média dez mil pessoas por semana.

O parque fica aberto ao público durante todos os dias da semana, das 5h às 22h. O espaço totalmente gratuito para visitação possui pista de caminhada e ciclismo de 1,1km de extensão, canchas de bocha, quadras poliesportivas, campos de vôlei, academia, espaço pet, sanitários, estacionamento e um palco para shows, com capacidade máxima para 25 mil pessoas, e que recebe eventos de médio e grande porte.

“O parque é uma grande Unidade de Saúde, que promove qualidade de vida e bem-estar para todos os criciumenses e também, para os que por aqui passam. Antes de ser construído, o terreno estava muito degradado, era preciso recuperar aquela importante área da cidade. A estrutura mudou não só o bairro que está situada, mas sim toda a cidade, e se tornou a praia dos criciumenses”, ressaltou o prefeito, Clésio Salvaro.

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Segundo o administrador do Parque das Nações Cincinato Naspolini, Guilherme Bonassa, o ambiente recebe manutenção e limpeza diariamente. Desde quando foi inaugurado, são realizadas obras de revitalização e melhorias na infraestrutura. “Ano passado inauguramos o Centro de Atendimento ao Turista, o CAT, que realiza o primeiro contato com os visitantes que chegam na cidade, e no início desse ano, o Centro de Convivência da Terceira Idade. Já estamos trabalhando no próximo projeto, a construção de um museu de zoologia dentro do parque, que promete ser mais uma grande atração do espaço”, afirmou.

Contexto Histórico

Antes da estrutura ser construída, a área era utilizada para a realização de eventos temporários que passavam pela cidade. Ao lado, no terreno de esquina vizinho do Criciúma Shopping, havia uma pracinha que carregava o nome do ex-prefeito de Criciúma, Cincinato Naspolini, por isso a atual nomenclatura do parque.

De acordo com a historiadora da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Cinthia Franco, além de lembrar as etnias que povoaram a cidade, o parque remete à história da exploração do carvão no município, que iniciou em 1917. “Com o fortalecimento da atividade, foi necessário a vinda de uma ferrovia na década de 1920, a Ferrovia Tereza Cristina, que também era usada para a locomoção de pessoas. Cada ponto do parque representa uma parte da história de Criciúma. O carvão, por exemplo, está representado na locomotiva Terezinha”, completou.

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Locomotiva Terezinha 01

Uma das maiores atrações do Parque das Nações Cincinato Naspolini é a locomotiva “Terezinha 01”. O público pode fazer uma viajem na história da mineração em Criciúma de forma gratuita, de terça a sexta-feira das 8h às 11h30 e das 13h às 16h, e nos finais de semana das 13h às 18h. A primeira viajem aconteceu em 2009, antes da inauguração oficial do parque.

O passeio dura em média sete minutos e percorre cerca de 800 metros. A capacidade máxima é de 40 pessoas por vez, sendo 20 em cada vagão da locomotiva. Segundo levantamento interno da administração do parque, aproximadamente seis mil pessoas realizam o passeio por mês, e dessas, 50% não moram em Criciúma.

A locomotiva é uma réplica do modelo alemão da década de 1920, construída no Museu Ferroviário de Tubarão, através de uma parceria da Prefeitura de Criciúma com a Ferrovia Tereza Cristina. A estação é uma representação da primeira parada histórica de Criciúma, de 1919. Desativada em 1975, os antigos trilhos deram lugar a atual Avenida Centenário. “A construção dessa réplica foi necessária para lembrar essa importante travessia que existia na cidade, a Ferrovia Tereza Cristina, que é um monumento histórico”, frisou a historiadora.

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