Quando um grupo de pessoas uniformizadas ataca um cidadão com brutalidade em plena luz do dia ou quando um criminoso realiza um assalto em um estabelecimento ou residência na região Central de um município em horário comercial, ambos estão dando um recado para a opinião pública: temos a certeza da impunidade.
Seja qualquer motivação que resulte em uma prática de crime, a falta de rigor e de pronta resposta por parte das autoridades, e mais ainda da morosidade para a condenação contribuem para um cenário de violência progressiva e indiscriminada.
Seria essa a sociedade que queremos deixar para os nossos filhos e netos?
Quando a falta do cumprimento do papel social de cada cidadão e das autoridades constituídas se torna recorrente, o mal avança e o bem estar social deixa de ser respeitado.
Nenhum ato de violência acentuada ocorre de forma isolada ou por acaso, muito menos resulta de culpa exclusiva e singular, mas sim está vinculado a um contexto em que um conjunto de fatores se complementaram de forma determinante para resultar em um acontecimento grave.
Viver em sociedade exige submeter-se aos limites estabelecidos pelas leis, normas e convenções sociais, que foram criadas para se evitar a barbárie e a falência da sociedade, quem não está disposto a cumprir com seus deveres dentro dos limites do convívio social e quem estimula ou apoia os atos de justiceiros ou qualquer tipo de crime não pode ter a liberdade de desfrutar de seus direitos.
