Editorial: vida ou morte, uma escolha difícil

No dia em que foi ultrapassada a marca de 300 mortes por Covid-19 em Criciúma, carreatas contra as medidas restritivas de circulação foram registradas na cidade e também pelo país afora. 

Tais medidas foram adotadas por escolha das autoridades devido ao caos no sistema de saúde, um ano após o início da pandemia em território nacional, situação causada pela falta de competência dos próprios governantes para implantar medidas eficientes para superar a crise na saúde, e também daquelas pessoas que não respeitaram as orientações e seguiram vivendo a vida adoidadas.    

A morte nestes últimos meses só impacta aqueles que estão em estado grave de saúde ou quem teve algum familiar ou pessoa muito próxima levada pela doença, aos demais, os números são apenas estatísticas e se banalizou a perda da vida. 

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No entanto, em muitos hospitais pelo Brasil e em Criciúma, inclusive, médicos e profissionais da saúde estão tendo que escolher frequentemente, quem vai seguir na luta pela vida e quem contará apenas com a própria sorte. 

Entre um idoso, de 80 anos com comorbidades e um jovem de 35 anos, sem problemas de saúde anteriores, quem será o escolhido para ocupar um leito na UTI? 

A fila de espera para leitos de UTI aumenta a cada dia, imagine que o idoso possa ser o seu pai, marido ou um familiar querido e que o jovem seja o seu irmão, namorado, filho ou melhor amigo, qual deles você escolheria para ter um tratamento adequado e especializado? 

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Enquanto uns valorizam a vida, outros pensam diferente, e a viver em sociedade é assim mesmo, cuidar de si, também é cuidar do outro, qual vai ser a sua escolha? 

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