Você já sofreu algum tipo de violência doméstica? Está insegura? Não sabe o que fazer e tem medo de expor o parceiro ou não consegue sair dessa situação? A Unesc, em parceria com o Núcleo de Prevenção às Violências e Promoção da Saúde (Nuprevips) e o Núcleo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (Nupcis) da Prefeitura, está colocando à disposição um centro especializado que fornece atendimentos totalmente gratuitos. Por meio de profissionais também mulheres, as instituições promovem assistência social e psicológica, garantindo o respeito e a privacidade.

Segundo a psicóloga do Nuprevips Paola Rodegheri Galeli, em 2020 a cidade apontou 555 casos de situações de violência interpessoal em diferentes situações. Já em 2021 foram 735 casos na cidade, conforme dados apurados na Secretaria de Saúde do Município. “Desses 555 casos registrados, 374 deles são de violência contra mulheres e, dos 735 registrados no ano passado, 491 também de violência contra mulheres”, ressalta a psicóloga.

Os dados são apurados, após registros nas Unidades de Saúde, hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nas Clínicas da Unesc. “Geralmente, a pessoa em situação de violência doméstica tem vínculo com o autor ou com o próprio cuidador”, menciona.

Conforme a assistente social do Nuprevips Andréa Vieira da Silva, dentre as violências, a mais comum é a física seguida da psicológica. “A violência psicológica deixa sequelas emocionais graves que mudam a autoestima da vítima e é mais difícil de ser identificada. Já a violência física, geralmente, é mais aparente, sendo esta identificada. Nós monitoramos e atendemos muitas situações de violência contra mulher. Nem todas conseguem se perceber na situação ou não conseguem sair dela, seja por medo ou fragilidade emocional”, alerta Andrea.

Encontros semanais

O espaço, localizado nas Clínicas Integradas da Unesc, é destinado ao acolhimento e atendimento à pessoa em situação de violência doméstica. O grupo é composto por dez mulheres e se reunirá pela quarta vez na tarde desta quarta-feira (20/4).

Durante os encontros elas participam de roda de conversa, fazem dinâmicas, além de práticas integrativas e complementares que são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, como reiki, yoga, e relaxamento, por exemplo.

A enfermeira integrativa da Prefeitura, Sirli Resin explica que o intuito das práticas integrativas é resgatar a essência da mulher, a autoestima e o autoperdão. “O que queremos eliminar da nossa vida e o que queremos levar? Queremos alimentar coisas boas entre elas. E as práticas vem para trazer esse equilíbrio, tanto físico, quanto mental e espiritual”, relata Sirli, que acrescenta que atendimentos individualizados também podem ser realizados, caso haja necessidade.

Portas abertas

O Nuprevips é composto por assistente social, psicólogo, enfermeiro e residentes em saúde mental. É um serviço de acolhimento e assistência às crianças, adolescentes, mulheres, adultos e idosos vítimas de qualquer tipo de violência: sexual, psicológica ou moral, financeira ou econômica, institucional, negligência, física, trabalho infantil, tortura, tráfico de seres humanos, suicídio e bullying.

Para acessar o núcleo há duas maneiras: encaminhamento por serviço de saúde do Município ou contato direto do paciente. Para entrar em contato, basta ligar para o telefone (48) 3431-2764, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 18h. O serviço funciona nas Clínicas Integradas da Unesc.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou em pronunciamento de rádio e TV, na noite de domingo (17), o fim da emergência de saúde pública em decorrência da pandemia. Segundo o ministro, o anúncio foi possível por causa da melhora do cenário epidemiológico, da ampla cobertura vacinal e da capacidade de assistência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Ainda segundo o ministro, nos próximos dias será editado um ato normativo sobre a decisão. Queiroga afirmou que a medida não significa o fim da covid-19. “Continuaremos convivendo com o vírus. O Ministério da Saúde permanece vigilante e preparado para adotar todas as ações necessárias para garantir a saúde dos brasileiros, em total respeito à Constituição Federal.”

Vacinação

No pronunciamento, o ministro falou que o país realizou a maior campanha de vacinação de sua história, com a distribuição de mais de 476 milhões de doses de vacina. Foi ressaltado que mais de 73% dos brasileiros já completaram o esquema vacinal contra a covid-19 e 71 milhões receberam a dose de reforço.

O ministro também destacou os investimentos feitos na área nos últimos dois anos. “O governo federal, por meio do Ministério da Saúde, fortaleceu o SUS, com a expansão da capacidade de vigilância, ampliação na atenção primária e especializada à saúde. Foram mais de R$ 100 bilhões destinados exclusivamente para o combate à pandemia, além dos mais de R$ 492 bilhões para o financiamento regular da saúde desde 2020”, disse Queiroga.

Emergência sanitária

O Brasil identificou a primeira contaminação pelo novo coronavírus no final de fevereiro de 2020, enquanto a Europa já registrava centenas de casos de covid-19. No dia 3 de fevereiro de 2020 o ministério declarou a covid-19 como uma emergência de saúde pública de importância nacional.

A declaração de transmissão comunitária no país veio em março, mês em que também foi registrada a primeira morte pela doença no país. Segundo último balanço, divulgado pelo Ministério da Saúde neste domingo, o Brasil registrou, desde o início da pandemia, 30.252.618 casos de covid-19 e 661.960 mortes em decorrência da doença. Há 29.227.051 pessoas que se recuperaram da doença, o que representa 96,6% dos infectados.

Fonte: Agência Brasil