O Governo do Município, por meio da Secretaria de Assistência Social e Habitação, realizou a entrega de 100 cestas básicas, na manhã desta segunda-feira (19), para diferentes projetos, comunidades terapêuticas, associações e entidades de Criciúma.

Os locais que receberam sete cestas básicas cada, foram os projetos Nunca Pare de Sonhar, Show de Bola, Sementes para o Futuro e Marmita Solidária, as comunidades terapêuticas Luz da Madrugada e Restaurando Vidas, as associações dos Haitianos de Criciúma e a beneficente Casa da Acolhida, o Grupo de Apoio e Prevenção à Aids de Criciúma (Gapac) e a Casa de Repouso Bom Jesus. A Associação de Catadores de Recicláveis (Acetamar) recebeu o auxílio de 13 cestas básicas e a Associação dos Catadores de Criciúma (Acrica) recebeu 15.

“Com a pandemia, as entidades que atendem pessoas com deficiências, as comunidades terapêuticas, as casas de repouso, entre outras, estão sofrendo com a falta de doações por aumentar muito a demanda de pessoas em vulnerabilidade. Sendo assim, precisamos ajudá-las nesse momento difícil”, destacou o secretário da pasta, Bruno Ferreira.

Próximas entregas

A secretaria de Assistência Social e Habitação de Criciúma está montando o cronograma para uma entrega de frutas e verduras que será feita na próxima semana nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) do município.

O momento que a Educação está vivendo é desafiador e único. Professores e alunos precisam se reinventar para deixar vivo a vontade de ensinar e aprender. Como ocorre na Escola Polo de Surdos, que fica na Escola de Educação Básica Municipal (EMEB) Professora Maria de Lourdes Carneiro, do bairro Vila Francesa, que precisou se reformular para atender aos 22 alunos surdos da rede municipal, que estão nas aulas presenciais, remotas ou impressas.

Conforme a professora bilíngue da Escola Polo de Surdos, Aline Girardi Felício Martinho, cada modelo de aula é preciso ter um planejamento e adaptações que contemplam e supram as necessidades dos estudantes. “Eu sou professora bilíngue e é necessário explorar os recursos visuais, pois a comunicação com o estudante surdo é visual motora.

Já para os estudantes que estão remotos é fundamental para a compreensão que os recursos visuais sejam abundantes. 2020 foi um ano de superação e este ano não está sendo diferente, pois é necessário a cada dia se reavaliar e se reinventar para conseguir alcançar e contemplar cada estudante”, frisou a professora.

O aluno do 6º ano, Marcos Vinícius dos Anjos Goulart, voltou este ano com aulas presenciais. A opção dos pais foi quando perceberam que no ano passado que ele não estava se adaptando com aulas remotas, e optaram pelo retorno presencial. “Mesmo com o medo, a volta às aulas desse ano está sendo bom.

Já percebemos uma melhora nele nos últimos meses, no ano passado ele não prestava muita atenção na atividade impressa. A Escola Polo de Surdos contribuiu para que ele melhorasse a comunicação com colegas surdos e conosco em casa”, ressaltou a mãe do Marcos, Angelica Fernandes Dos Anjos.

Os recursos utilizados são imagens, vídeos e escrita, com adequações em Língua Brasileiras de Sinais (Libras) e na Língua Portuguesa para cada modelo, tendo como objetivo o aprendizado e desenvolvimento do estudante nas duas línguas.

A mãe da aluna do 7º ano, Maria Ieda Vieira Pizzolo, escolheu receber o material impresso devido a sua dificuldade na escrita. “Para ela o material impresso foi mais fácil por causa da dificuldade para escrever. Mas este ano está mais tranquilo que o ano passado, pois tenho duas filhas e as duas eram impressas e tinha que dar atenção para uma e depois para outra. Agora, uma voltou no presencial e a Maria Ieda continuo no impresso”, relatou a mãe da estudante, Daniela da Costa Vieira Pizzolo.

Ao todo, 12 crianças no presencial, com uma professora regente e professora bilíngue, seis alunos estão buscando material impresso e quatro alunos estão com atividades remotas.  “Fizemos uma pesquisa no começo do ano e os pais podiam optar pela melhor modalidade para seus filhos, muitos alunos da Escola Polo de Surdos possuem outras comorbidades ou deficiências, então, os pais optaram por deixá-los em casa e preservar a saúde deles”, afirmou a coordenadora pedagógica, Úrsula Silveira Borges Domingos.

“Agora, para os alunos presenciais, uma vez na semana, estamos ofertando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) com a professora ouvinte e o AEE em Libras com uma professora surda”, completou.

Além disso, os professores estão sempre disponíveis para ajudar os estudantes. “É um momento de superação e criatividade. Nossos professores estão sempre à disposição dos alunos.

Como por exemplo, no impresso, se o aluno tem alguma dificuldade, a professora grava vídeos explicando e encaminha via WhatsApp, sendo uma ferramenta que nem está na nossa estratégia, mas é utilizada pela praticidade”, ressaltou o secretário municipal de Educação, Miri Dagostim.

O uso da máscara na dinâmica das aulas

 Libras é uma língua visual motora e são usadas expressões faciais, que correspondem a 50% da língua. De acordo com a professora, o uso da máscara atrapalha essa troca entre os estudantes e os professores. “Como a comunicação é muito visual, pois marcam grau de intensidade, tamanho, negação, interrogação, ênfase, alegria, angustia, ansiedade, sofrimento, e com a máscara é impossível visualizar as expressões, ficando a comunicação prejudicada”, explicou.

A rotina no ambiente escolar também mudou. Os estudantes presenciais e os profissionais precisaram se adaptar com a nova rotina de uso e troca de máscara, distanciamento, higienização periódica. “Não foi e não está sendo fácil, mas os novos hábitos já fazem parte do ambiente escolar, mesmo com tantas restrições e cuidados que o momento nos pede o retorno as aulas está sendo prazeroso”, completou a professora.

O retorno das aulas nos modelos presencial e misto durante a pandemia exigiu a adoção de diversas medidas de segurança pelas escolas da rede estadual. Uma delas é a sanitização e desinfecção contra vírus e bactérias. Esse serviço, contratado pela Secretaria de Estado da Educação (SED), está sendo realizado nos ambientes internos e externos das unidades que registraram casos confirmados de Covid-19.

A SED contratou empresas especializadas em serviços de sanitização nas 36 Coordenadorias Regionais de Educação com processo licitatório. Elas utilizam um produto desinfetante sob a forma de vapor em todas as superfícies, de acordo com orientação emitida pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que não causa irritações cutâneas ou oculares. A empresa deve comprovar que o produto usado tem efeito letal sobre bactérias, fungos, vírus e ácaros.

“A sanitização é mais uma ação prevista no Plano de Contingência para a Educação (PlanCon) para manter a escola segura durante a pandemia. É um investimento da SED para que os alunos possam ter a opção de seguir nas aulas presenciais. Sempre frisamos que a escola não é imune à Covid-19, mas é um local seguro porque tem a aplicação de diversos regramentos sanitários”, destaca o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro.

 

Entenda como acontece a aplicação

O procedimento de desinfecção é feito com isolamento das áreas e abrange tetos, paredes, pisos, vidros, móveis, utensílios, livros, mesas, balcões, armários, arquivos, prateleiras, persianas, aparelhos de climatização, maçanetas, interruptores, botoeiras e demais superfícies de contato.

As áreas externas recebem o produto sanitizante em locais como corrimões, bancos, superfícies metálicas, botoeiras, interruptores, maçanetas e demais superfícies de contato. De acordo com o estabelecido no contrato, deve ser realizada uma aplicação inicial, seguida por mais duas aplicações em um intervalo de três meses, totalizando três aplicações.

Preferência pela sanitização aos fins de semana

Apesar de o produto aplicado não deixar cheiro e nem resíduos, as escolas se organizaram para que a aplicação seja realizada em horários com pouca ou nenhuma circulação de pessoas.

Na região de Videira, a coordenadora Roberta Aparecida Martinez explica que o processo ocorreu de forma tranquila e organizada, com a colaboração dos gestores escolares: “Organizamos os horários nas escolas para que alunos e funcionários não estivessem na escola no período da sanitização”.

Já a coordenadora regional de Curitibanos, Jeanine Rodermel, complementa que houve um agendamento com a empresa para aplicação no melhor horário para a comunidade escolar: “O processo foi realizado no período noturno ou no final de semana”.