A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Criciúma, junto com a Polícia Militar, realizou uma ação orientativa em supermercados, bares e lojas de conveniência do município. Os órgãos verificaram se os estabelecimentos estavam seguindo as regras sanitárias de combate à Covid-19.

Ao todo, foram dez supermercados, oito bares e 15 lojas de conveniência orientadas. “A ação ocorreu no final da última semana, e foi uma missão de orientação. Este trabalho foi orientativo com os estabelecimentos sobre as regras sanitárias, e percebemos que estavam seguindo as normas de distanciamento, uso de máscara e álcool em gel”, afirmou o diretor da Compdec, Fred Gomes. Durante as orientações, não houve multas.

Mais ações

Durante esta semana, a Defesa Civil e as forças de segurança da cidade realizarão mais ações orientativas nos estabelecimentos da cidade, seguindo o decreto nº 1.218 do Governo do Estado e o decreto municipal nº 327/21.

O movimento Salve o Morro do Céu promove ato público nesta segunda-feira, dia 22, alusivo ao Dia Internacional da Água, em defesa da preservação do Morro do Céu e de seu patrimônio ecossistêmico.

A iniciativa será realizada no portal de acesso ao Morro, no bairro Comerciário, das 17h às 18h. Na oportunidade, serão coletados documentos de apoio ao movimento para a condução judicial que vai tentar reverter recente decisão da Câmara de Criciúma, revogando a Lei n.º 5.207, de 2008, que criou o parque.

Para evitar aglomeração, a entrega presencial será restrita, com a comunidade sendo convidada a enviar o documento (uma procuração simples) pelo correio eletrônico ([email protected]).

A pandemia do novo coronavírus afetou não só a saúde mental dos adultos, mas também das crianças e adolescentes. É o que afirma o professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), Guilherme Polanczyk.

“A pandemia, e todo o contexto que a acompanha, têm gerado situação de estresse em crianças, adolescentes e adultos. Como as crianças e adolescentes são menos infectados e como, muitas vezes, o sofrimento deles fica mais desapercebido, eles tendem a ser mais negligenciados”, disse o especialista.

Segundo o médico, sintomas como irritabilidade, mudanças de humor, insônia, dificuldade de concentração podem ser fáceis de se identificar em adultos, mas apresentam diversas nuances quando se trata de crianças e adolescentes.

Polanczyk analisa que a idade da criança também interfere na forma como ela reage à pandemia. As crianças menores, por serem mais dependentes dos pais, vão lidar com a pandemia muito em função de como os pais estão lidando e como o ambiente está organizado.

“As crianças maiores sentem falta dos amigos. Elas já têm capacidade maior de compreensão de uma forma autônoma, muitas vezes não completamente adequada, ou de uma forma não completamente realista, e podem interpretar de forma mais catastrófica algumas situações”, disse.

“É preciso sensibilidade para poder explicar para as crianças o que está acontecendo, mostrar a importância de enfrentar, eventualmente, o desconforto social ou o medo da contaminação, e que esse cenário é combatido com os cuidados de higiene, por exemplo”.

Polanczyk disse que crianças que apresentam sintomas como dificuldade para dormir, relatos de preocupação, alterações de comportamento e até queixas de dor física merecem atenção especial. Os pais devem ficar atentos a qualquer um desses sinais e buscar a ajuda de um profissional de saúde.

Quadros de depressão

Por outro lado, segundo o professor da PUC Rio, para aqueles adolescentes que faziam viagens e socializavam nos finais de semana, com certeza esse isolamento e os critérios mais rígidos que a população está enfrentando, sobretudo este ano, a pandemia está sendo mais difícil.

Monnerat observou ainda que para pacientes que já tinham algum diagnóstico psiquiátrico, a pandemia pode exacerbar esses sintomas, fazendo com que eles precisem de mais atendimento médico, com intervenção de medicamentos mais incisiva e, quando isso não é realizado, pode fazer com que quadros de depressão, de ansiedade e de rejeição se acentuem.

Monnerat reforçou a necessidade de os pais e responsáveis explicarem às crianças que as medidas de isolamento social impostas pelas autoridades sanitárias não são um castigo, mas foram determinadas pensando na coletividade.

“Eu acredito que as crianças tendem a sofrer menos, porque elas estão sendo sensibilizadas, desde o começo da pandemia, a pensar no coletivo. Mas se são crianças que vivem em família com algum desfalque emocional, com ausência de progenitores e vivem mais à deriva, no sentido emocional e educacionalmente falando, elas já estão sofrendo muito e sofrerão mais ao perceberem que poderão retomar as atividades”.

Fonte: Agência Brasil