O Governo de Criciúma alerta para um possível golpe que está sendo aplicado, sobre encaminhamentos de boletos de cota única de taxa de lixo por aplicativo bancário.

O Município esclarece que, não são feitos encaminhamentos de boletos por aplicativo e que a cota única deve ser solicitada na prefeitura, com abertura de Processo Administrativo no Setor de Fiscalização Tributária ou pelo Protocolo Online.

Neste caso, os boletos são entregues pessoalmente ou encaminhados pelo próprio Protocolo Online. O Governo solicita que nenhuma taxa recebida desta forma seja paga e dúvidas podem ser tiradas no setor de Fiscalização Tributária pelo telefone (48) 3431-0409.

Um outro alerta é sobre cobranças que estariam sendo encaminhadas, também por aplicativo, de taxa de abertura de Microempreendedor Individual (MEI), feita pela Casa do Empreendedor. O Município informa que a abertura é totalmente gratuita e as taxas não devem ser pagas.

Ambos os casos devem ser denunciados ao Município para devidas providências e acionamento dos órgãos de segurança.

A Secretaria de Estado da Saúde divulgou neste sábado, 6, os dados da Matriz de Risco Potencial em relação ao novo coronavírus. Pela segunda semana consecutiva, todas as regiões do estado se encontram em nível gravíssimo (cor vermelha).

Das 16 regiões, seis receberam nota máxima em todos os quesitos analisados: Xanxerê, Extremo Oeste, Médio Vale do Rio Itajaí, Meio-Oeste, Foz do Rio Itajaí e Alto Uruguai Catarinense. 

> Confira a matriz na íntegra 

A região Oeste, que havia obtido a classificação mais elevada em todos os índices por duas semanas seguidas, desta vez reduziu índices de transmissibilidade. Desde a criação do Centro Integrado de Operações em Saúde, o Governo do Estado reforçou ainda mais a atuação na região.  A Secretaria da Saúde pactuou a abertura de 518 leitos clínicos e 268 leitos de UTI nos últimos 30 dias. Destes, 266 leitos clínicos e 86 de terapia intensiva estão em unidades hospitalares do Oeste e Meio-Oeste catarinense.

Desde o início da gestão da pandemia, Santa Catarina ampliou de 546 para mais de 1,5 mil leitos de UTI ativos no Estado. 

Nessa sexta-feira, 5, Santa Catarina ultrapassou a marca dos 700 mil casos e  38.156 casos ativos

“Todos os indicadores estão gravíssimos e nos chama a atenção a taxa de contaminação altíssima. O número de casos ativos cresce diariamente e não apresenta nenhuma tendência de estabilização até o presente momento”, explica a analista de dados Bianca Vieira, do Centro de Operações de Emergência em Saúde.

O consumidor, afetado pelo preço da gasolina, também está tendo dificuldades para recorrer ao substituto imediato nos veículos com motor flex. Motivado por uma combinação de entressafra e aumento de demanda, o preço do etanol hidratado acumula aumento de 21,1% desde janeiro, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

O preço médio do litro do combustível saltou de R$ 3,221 para R$ 3,901, conforme o levantamento semanal da ANP. Apesar de ser mais cara que o etanol, a gasolina comum subiu menos: 14,6% de janeiro a março. O preço médio do litro da gasolina no país passou de R$ 4,622 para R$ 5,299.

No atacado, o aumento é ainda maior. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol acumula alta de 35% nas usinas do Centro-Sul, a principal região produtora do país.

Dependendo do modelo do veículo, o etanol torna-se vantajoso quando custa até ou menos que 75% do valor da gasolina. Segundo o levantamento da ANP, somente seis estados atingiram essa proporção na primeira semana de março: Goiás (68,9%), Mato Grosso (69,3%), Minas Gerais (72,8%), Amazonas (74,4%), Mato Grosso do Sul (74,7%) e Sergipe (74,9%).

Em alguns estados, o preço do etanol quase se iguala ao da gasolina. As maiores proporções foram registradas no Amapá (93,9%), Rio Grande do Sul (91%), em Santa Catarina (85,9%) e no Pará (83%).

Demanda e oferta

Mesmo com o etanol sendo desvantajoso na maioria dos estados, a demanda pelo substituto da gasolina está aumentando. De acordo com a edição mais recente do Boletim de Monitoramento Covid-19, do Ministério de Minas e Energia, o consumo de gasolina em 2021, até 23 de fevereiro, tinha caído 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Em contrapartida, o consumo de etanol hidratado subiu 6,1% na mesma comparação.

À demanda maior do etanol, somam-se fatores ligados à safra de cana-de-açúcar. A tradicional entressafra, no início do ano, encarece o etanol no primeiro quadrimestre. Neste ano, porém, a oferta continuará baixa por mais tempo.

Segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Única), a safra deste ano deve atrasar por causa da estiagem no segundo semestre do ano passado no Centro-Sul. Com menos chuva na primavera, as plantações de cana estão levando mais tempo para se desenvolver, fazendo parte das usinas adiar a colheita que costuma ocorrer no início de abril.

Durante a entressafra, a produção de etanol de milho costuma substituir o combustível proveniente da cana-de-açúcar. O ritmo, no entanto, é insuficiente para repor a oferta.

Até a metade de fevereiro, conforme o levantamento mais recente da Única, a produção de etanol acumulava 29,68 bilhões de litros, queda de 8,54% sobre os 32,45 bilhões de litros obtidos no mesmo período na safra 2019/2020.

Levantamento divulgado hoje (5) pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) revela os efeitos negativos que a pandemia teve tanto para pacientes já transplantados como para aqueles que se encontram na lista de espera.

De acordo com a entidade, as mais afetadas são as cerca de 80 mil pessoas que fizeram transplante de rim. Tendo por base dados os dois maiores centros de transplante renal do país, a ABTO chegou à conclusão de que aproximadamente 10% deles foram infectados pelo novo coronavírus, com taxas de mortalidade (proporção de mortes em relação ao total de transplantados) variando entre 2% e 2,5%.

Já a taxa de letalidade (proporção de mortes em relação aos transplantados diagnosticados) ficou entre 20% e 25%. A ABTO lembra que as taxas de mortalidade e letalidade da covid-19 na população geral do país encontram-se na faixa de 0,9% e 2,5%, respectivamente.

Segundo o integrante do Conselho Consultivo da ABTO Valter Duro, “o mais triste é que essas taxas continuarão crescendo, pelo menos durante o primeiro semestre de 2021, e somente serão estabilizadas com a vacinação em massa”.

Suspensão de transplantes

Ele acrescenta que, apesar de a queda nas taxas de doação e de transplante de órgãos com doador falecido não terem sido tão grandes como se temia, muitos dos transplantes eletivos (que não são urgentes) foram suspensos na maioria dos estados, devido às medidas de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus.

Essa suspensão foi mais acentuada nos transplantes de córneas e rim com doador vivo. Nos casos de transplantes eletivos, a taxa de doadores efetivos, que era de 18,1 transplantes por milhão da população (pmp) em 2019, caiu 12,7%. Com isso, a projeção de ampliar esse número ultrapassar a marca de 20 pmp neste ano foi reduzida para 15,8 pmp, “ voltando ao patamar obtido em julho de 2017”, informa a ABTO.

Dados

Os transplantes renais apresentaram queda de 24,5% (17,2% nos transplantes com doador falecido e 59,6% nos com doador vivo). “A taxa de 22,9 transplantes renais pmp fez-nos retroceder 2,5 anos, voltando ao primeiro semestre de 2017.

A queda na taxa de transplantes renais com doador falecido foi maior do que a queda na taxa de doadores efetivos, possivelmente relacionada à dificuldade de envio de rins não utilizados em alguns estados por restrições na malha aérea”, informou Valter Duro.

“É interessante observar que o número de transplantes renais com doador vivo [440] é o menor dos últimos 36 anos [em 1984 foram 495 transplantes renais com doador vivo]. Outro aspecto é a alta percentagem de transplante renal com doador vivo não parente e não cônjuge [9,7%]”, acrescentou.

Já os transplantes hepáticos (de fígado) apresentaram queda de 9%, sendo de 9% com doador falecido e de 13,2% com doador vivo. A ABTO acrescenta que a queda da taxa de transplantes hepáticos com doador falecido foi menor que a queda na taxa de doadores, refletindo aumento no aproveitamento do fígado. “Entretanto, o retrocesso na taxa de transplante hepático foi igual ao do transplante renal, retornando ao primeiro semestre de 2017”.

No caso da taxa de transplante cardíaco, a redução ficou em 16,7%. A taxa de 1,5 pmp é igual à obtida no primeiro semestre de 2014. Já a taxa de transplante de pulmão foi reduzida em 38,7% no país.

O transplante de pâncreas diminuiu em 12,5%, retrocedendo ao nível registrado em 2018 (0,7 pmp). Segundo a ABTO o transplante de córnea apresentou uma redução de 52,7%. Com isso, a taxa obtida ficou em 33,9 pmp, valor equivalente ao obtido em meados dos anos 1990.

A pandemia afetou também os transplantes de medula, que apresentaram redução de 17,6%, sendo de 21,1% para o autólogo (que usa células tronco do próprio paciente), e de 13,3% para o alogênico (que usa células tronco de outra pessoa).

Lista de espera

O integrante da ABTO acrescenta que a lista de espera para transplante renal cresceu 5,8%, enquanto o ingresso em lista caiu 32%. “E a mortalidade em lista aumentou 33%, talvez em decorrência do maior risco de exposição ao covid, pela necessidade de realizar hemodiálise”.

A lista de espera para o transplante de córneas também cresceu. No caso, 38%, enquanto o ingresso em lista caiu 37%. “No [transplante de] fígado, por exemplo, o número de pacientes e a taxa de ingresso em lista de espera caíram 13% e 19%, respectivamente, e a mortalidade em lista aumentou 5%”, acrescenta Duro.

Fonte: Agência Brasil