As 65 escolas municipais estão nos últimos preparativos para receber os alunos a partir desta quarta-feira (17). Este ano, os estudantes terão três modalidades de ensino: presencial, semipresencial e remoto. Na pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Educação, 77% dos pais ou responsáveis optaram pelas atividades presenciais. Já as remotas, foram 23%.

As modalidades presencial ou semipresencial vão depender do espaço físico de cada sala de aula, conforme o distanciamento de 1,5 m por pessoa. “Se o espaço comportar o número de alunos, seguem as aulas presenciais normalmente. Mas se sala de aula não conseguir atender toda a demanda, aquela turma será dividida em dois grupos. Neste caso, o atendimento será com alternância entre os grupos, onde 50% dos alunos voltarão às salas de aula, enquanto a outra metade fica com as atividades remotas ou impressas em casa. Na semana seguinte, a organização será invertida. Já aqueles que optarem por atividades remotas, será 100% online”, explicou o secretário municipal de Educação, Miri Dagostim.

Os pais que optaram por uma das modalidades tiveram que assinar um termo de compromisso. Caso os pais ou responsáveis optem pela mudança da modalidade, deverão comunicar a escola, que terá 10 dias úteis para reorganizar o grupo. “Cada escola tem suas especificidades. O retorno não será da mesma forma para todos os estudantes. Como na Educação Infantil, se aquela sala comportar todas as crianças que voltarem presencial será em tempo integral, mas caso contrário, será dividido de forma parcial nos dois períodos, de manhã e à tarde”, complementa.

Além disso, todas as escolas seguirão as regras sanitárias. Na entrada de cada unidade, terão profissionais realizando aferição da temperatura e alunos precisarão passar álcool em gel nas mãos. Os estudantes também devem levar uma máscara reserva.

Retorno às atividades

Os professores já retornaram às atividades com formações e reuniões pedagógicas. Os estagiários voltaram na última semana. A Secretaria de Educação ainda precisa de estagiários para o preenchimento de vagas. Os interessados podem ter acesso a mais detalhes por meio do link: https://bit.ly/3rX6f94.

Transporte coletivo e escolar

Para atender a demanda do retorno às aulas, o transporte coletivo de Criciúma funcionará em horário estendido a partir desta quarta-feira. Aproximadamente 33 linhas de ônibus estarão à disposição dos moradores da cidade, tendo o mínimo de seis escalas para as menos usadas e podendo chegar a 400 escalas para as rotas de mais movimento.

A orientação é que os usuários usem máscara e estejam frequentemente com as mãos higienizadas. “Todas as medidas cabíveis de segurança serão executadas, inclusive o álcool 70% continuará sendo disponibilizado para os passageiros”, destacou o diretor da Diretoria de Trânsito e Transporte de Criciúma, Gustavo Medeiros.

Os horários atualizados de todas as linhas poderão ser consultados no site da Prefeitura de Criciúma ou da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU) e no aplicativo Moovit, disponível para baixar no Google Play e App Store.

Já os transportes escolares também terão restrições. Os veículos circularão com 50% da capacidade. Antes de entrar no ônibus, será aferido a temperatura e o estudante deve passar álcool em gel nas mãos.

Testes nos professores

Desde o início do mês, os professores da rede pública e privada estão fazendo os testes rápidos. Até o momento, 1580 profissionais já foram testados, e, destes 25% positivaram e 16% apresentaram IgG (já entrou em contato com vírus no passado).

O objetivo é para avaliar o grau de contato com o coronavírus e o nível de imunidade entre os professores, equipe diretiva e profissionais das unidades. Com duas equipes, os profissionais da saúde estão passando nas escolas para realizar as coletas.

A morte de alguns macacos por febre amarela no Estado, trouxe de volta a necessidade de vacinação contra a doença. A vacina pode ser tomada em qualquer unidade de saúde municipal que tenha salas de vacina. Pessoas acima de 9 meses de idade e menores de 59 anos são a faixa etária para tomá-la. Pessoas com mais de 60 anos podem ser vacinadas, desde que apresentem uma declaração médica.

Desde 2018, o estado de Santa Catarina passou a ser área recomendada para a vacinação. De acordo com a enfermeira técnica do setor de imunização de Criciúma, Kely Barp Zanette, o Ministério da Saúde fez uma compra expressiva de vacinas. “A aquisição foi feita para que não faltem vacinas nos anos de 2021 e 2022. Temos vacinas suficientes em estoque”, declara. Para ela, é necessário um conjunto de ações para a prevenção e ressalta casos de óbitos no estado. “Além da vacinação é preciso cuidado com a limpeza de locais que podem ser foco do mosquito da dengue, que também é transmissor da febre amarela. Ano passado dois homens não vacinados e dentro da faixa etária da vacina morreram pela doença”.

Não foram registrados casos confirmados em humanos na cidade de Criciúma no último ano, somente um em uma cidade vizinha. É recomendado fazer a vacina com 10 dias de antecedência se a pessoa for viajar para outro lugar.

Casos de macacos mortos pela febre no estado

Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), em uma coleta de informações feita em 93 municípios do estado no ano de 2020, de 1.032 macacos suspeitos de morrerem de febre amarela, 13% foram confirmadas, 6% foram descartadas, 63% não foram detectadas causas e 18% estão sob investigação.

“O macaco é considerado um animal sentinela. Monitorando os casos suspeitos deles, podemos verificar como anda a propagação do vírus na região. Eles servem como um alerta”, conta a médica veterinária Mayara Vieira Tizatto, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A última vez que um macaco foi encontrado morto na cidade foi em setembro de 2019, porém não foi possível identificar a sua causa morte, pois estava em avançado estado de  decomposição, impossibilitando a coleta de material biológico para a realização de análises laboratoriais.

Se o morador avistar um animal morto ou que aparenta estar doente, ele pode entrar em contato com o Centro de Zoonoses pela ouvidoria 156 ou pelo número (48) 3430-0698. Após isso, os profissionais vão até o local, em até 24 horas, para a coleta de dados.

O transmissor

O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da Dengue, Chikungunya e Zikavírus. Ele se propaga com mais frequência no verão pois o mosquito prefere locais com temperaturas elevadas para se proliferar. O animal coloca ovos na superfície de recipientes com água parada.

O recomendado é fazer vistorias e limpezas frequentes em locais onde o mosquito pode depositar seus ovos.

Depois de quase um ano sem aulas presenciais com os alunos nas escolas públicas catarinenses, o dia de 18 de fevereiro de 2021 vai marcar o retorno de estudantes às unidades da rede estadual de ensino. Novas regras de convívio para prevenção da Covid-19 foram estabelecidas e o ensino remoto continuará sendo uma opção para os pais que preferirem manter os filhos em casa.

É o caso da dona de casa Micheline Dias de Aguiar, moradora de Palhoça, na região da Grande Florianópolis. Ela ainda não pretende mandar o pequeno Gabriel para frequentar as aulas presenciais do segundo ano do Ensino Fundamental. “A fase mais difícil, que, na minha opinião, é a alfabetização, já foi comigo em casa. Agora acredito que será mais tranquilo no segundo ano. Ele vai estudar em casa”, afirma a mãe.

O que pesou na decisão de Micheline foi o fato de Gabriel ter bronquite asmática. Ela conta que, desde pequeno, o menino apresenta crises graves e, por isso, ela não se sente segura. Além dele, outras pessoas da família também apresentam fatores de risco para a Covid-19. “O coronavírus é uma doença perigosa e já que eu tenho a oportunidade de ficar em casa, não tem por que arriscar. A parceria dos professores e da direção da escola é ótima e com a gente, o modelo de ensino remoto funcionou”, avalia a mãe.

“A gente precisa da escola”, diz mãe que optou por mandar os filhos presencialmente

Em Biguaçu, na Grande Florianópolis, Ana Paula Espíndola, mãe de Pedro (9° ano) e Emanuel (3° ano), relata que a decisão sobre o retorno para a escola também foi permeada por dúvidas e análises envolvendo toda a família. “Em 2020, ficamos muito apreensivos e, agora em 2021, decidimos que o medo não vai nos vencer. Optamos por tocar a nossa vida, tomando todos os cuidados. A vida precisa voltar ao normal e a gente precisa da escola”, explica.

Ana conta que sofreu ao acompanhar as dificuldades que os filhos enfrentaram com as aulas on-line. Apesar de conseguirem entregar todas as atividades e receberem o apoio dos professores, a mãe diz que não foi fácil se adaptar ao novo modelo, em casa. “Eles sentem muita falta disso aqui, da escola, da sala de aula, do contato com os amigos. Estou muito feliz que eles poderão retornar à escola. Para todos nós da família, isso serve também para renovar a esperança de que nossa rotina vai voltar ao normal, com todos os cuidados”, comemora.

Para o retorno dos filhos à escola, a mãe afirma que será ainda mais rigorosa com os protocolos sanitários de prevenção ao novo coronavírus.

Expectativa para o retorno presencial

O retorno às salas de aula também é bastante aguardado por professores como o Luiz Donizete Antunes. Ele dá aula de Geografia para alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio e conta que a distância do ambiente escolar, por causa da pandemia, foi um momento desafiador. “Não foi difícil me adaptar às ferramentas do ensino remoto, porque eu já dominava bem a tecnologia, mas minha angústia era saber se todos os meus alunos conseguiriam aprender como deveriam”, desabafa o professor.

Para Antunes, o retorno às salas de aula neste ano ainda vai exigir adaptações. “Eles precisam entender que ainda será diferente, que tem de respeitar as regras e cuidar da saúde. Mas é muito importante que eles não desistam e, juntos, possamos superar esse momento, entregando o que temos de melhor para que tudo volte ao normal em breve”, aposta.

Rede estadual de ensino está preparada para retorno seguro das atividades presenciais

Para atender pais e alunos tanto do ensino presencial, quanto do remoto, as escolas da rede estadual de ensino passaram por uma série de adaptações e reforços dos protocolos de prevenção à Covid-19. As atividades serão desenvolvidas em modalidades 100% presencial, misto e 100% remoto.

O maior número de alunos terá aulas no modelo misto, com alternância dos grupos que frequentam a escola e dividido em dois momentos: o “Tempo Escola”, que consiste no atendimento presencial na unidade escolar com turmas subdivididas em grupos, e no “Tempo Casa”, que consiste em atividades na plataforma digital Google Classroom ou por meio da retirada das atividades impressas.

“Estamos trabalhando para garantir uma retomada presencial segura e democrática, baseada em três pilares: estrutura física, de pessoal e equipamentos de proteção individual. Se em alguma escola essas três condições não forem atendidas, naquela unidade o retorno será no modelo remoto”, explica o secretário de Estado da Educação, Luiz Fernando Vampiro. Para isso, o secretário informa a ampliação do 0800 644 7890, que funcionará das 7h até 19h, um canal aberto com a comunidade escolar para sanar os possíveis problemas.

Investimentos

Desde 2020, os investimentos na compra de EPIs para a rede estadual chegam a R$ 8 milhões. Os materiais que estão sendo entregues às escolas incluem um milhão de máscaras, álcool em gel, incluindo 23 mil dispensers e quatro mil tótens para distribuição, 3,5 mil termômetros digitais infravermelhos e 22 mil protetores faciais (face shield).

As normativas que estabelecem o regramento do retorno das aulas presenciais estão previstos na lei nº 18.032/2020, aprovada pela Alesc e que reconhece a educação como serviço essencial no Estado, pelo decreto nº 1.003/2020 e pela portaria 983/2020.

Esses regramentos têm como base o Plano de Contingência para Educação (PlanCon), que foi apresentado à sociedade ainda em setembro. O documento detalha em oito cadernos os protocolos necessários para o retorno seguro às escolas e foi construído em conjunto com 15 entidades, incluindo o Ministério Público e duas comissões da Alesc, complementado pelo Comitê Técnico-Científico da Defesa Civil.

É de responsabilidade da Vigilância Sanitária Municipal, Vigilância Sanitária Estadual, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina, fiscalizar os estabelecimentos com o objetivo de garantir o cumprimento das medidas sanitárias exigidas.

Foto: Julio Cavalheiro / Secom

Internet gratuita para alunos e professores acessarem atividades remotas

Os alunos e professores da rede estadual também terão internet cedida pelo Governo do Estado para acessar as ferramentas educacionais utilizadas no ensino remoto, como a plataforma “Google for Education”. O contrato assinado com as operadoras de telefonia para adquirir pacotes de dados para acesso à internet pelo celular pode chegar a R$ 900 mil por mês e beneficia mais de 550 mil usuários.

Separar o lixo reciclável é um hábito estimulado constantemente por meio de campanhas. Mas como e por que separar o lixo para a coleta seletiva? A resposta é simples: além de reduzir o impacto no meio ambiente, a reciclagem diminui as retiradas de matéria-prima da natureza, gera economia de água e energia.

Como a preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, veja como é fácil fazer a separação do lixo reciclável e como identificar o que é lixo reciclável.

O que é lixo?

Resíduos gerados pelas atividades humanas ou pela natureza em aglomerações urbanas. O lixo orgânico é composto pelos resíduos que têm origem animal ou vegetal, como cascas de frutas e legumes. Já o lixo inorgânico é aquele produzido pelo homem, que não tem origem biológica, como os plásticos, vidros, entre outros. O lixo eletrônico é todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos.

O que é reciclável?

Resíduos descartados que podem retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou produtos diferentes dos originais, como a maioria dos papéis, vidros e plásticos, papelão e alumínio. Estes podem ser separados e entregues à coleta seletiva. Já o lixo eletrônico pode ser reciclado, após triagem, e deve ser descartado em pontos específicos com essa finalidade.

O que não é reciclável?

Materiais como: papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel, cabos de panela e tomadas, clipes, grampos, esponjas de aço, canos, espelhos, cristais, cerâmicas, porcelana, pilhas e baterias de celular.

Materiais não recicláveis, como pilhas, baterias, lâmpadas incandescentes e fluorescentes, óleo de cozinha, entre outros, devem ser descartados em locais apropriados, senão prejudicam o meio ambiente. Para se informar sobre os pontos, é importante entrar em contato com a prefeitura municipal, fabricantes dos produtos e outros órgãos relacionados.

Como separar o lixo?

  • Nunca misture o material reciclável e orgânico;
  • Coloque os plásticos, vidros, metais e papéis em sacos diferentes;
  • Lave e seque as embalagens que continham produtos orgânicos antes do descarte;
  • Não amasse e nem molhe os papéis. Ao invés disso, dobre-os dentro do saco, diminuindo bastante o volume;
  • Vidros quebrados e materiais cortantes devem ser enrolados em jornal ou colocados em uma caixa para evitar acidentes;
  • Não coloque garrafas e frascos com vidros planos;
  • Desmonte as embalagens mistas, separando as partes de metal, plástico e vidro, por exemplo, e distribua nos sacos corretos.

A redução do número de embalagens impacta diretamente na preservação dos recursos naturais, pois para produzir um quilo de plástico são consumidos 182 litros de água.