Em 2020, a Segurança Pública de Santa Catarina fechou o ano com queda em quase todos os índices de criminalidade, tais como: furto, roubo, mortes violentas, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, homicídio e feminicídio. Os dados foram levantados pela Gerência de Estatística e Análise Criminal e são comparativos com o ano de 2019. 

O número de homicídios registrado em 2020, 690, é o menor desde 2008, quando o Estado registrou 752. 

Além disso, mais da metade dos municípios catarinenses, 154, não registraram nenhum homicídio durante todo o ano. 

O feminicídio e a violência doméstica, que por conta do isolamento social aumentou em todo o país, em Santa Catarina caiu 1.7%. 

O latrocínio também é outro crime que mostrou o melhor resultado em 12 anos. Caiu de 51 registros em 2008 para 19 em 2020. Em comparação com o ano anterior, a queda é de 32%. 

O roubo e furto à instituição financeira também caiu expressivamente. Para se ter uma ideia, em 2014 o Estado chegou a registrar 548 roubos e furtos a banco, número que em 2020 fechou em 63. 

Os números mostram que as forças de segurança estão atingindo as metas na busca pelo combate à criminalidade e que este novo modelo, com o Colegiado Superior de Segurança Pública, dando autonomia às instituições, está no caminho certo.

O ano começa com novidades que beneficiam os animais domésticos, de rua e silvestres em todo o território catarinense a partir da sanção de duas leis pelo governador Carlos Moisés. Entra em vigor nesta terça-feira, 5, a Lei nº 18.058/2021 que assegura o fornecimento de alimentação e água aos animais que estão na rua por qualquer pessoa em espaço público. 

A recomendação é que as pessoas utilizem vasilhas ou que instalem comedouros e bebedouros em tubos de PVC, de preferência em locais cobertos para não estragar a ração. Os alimentos devem ser servidos em pequenas porções para evitar ingestão rápida. Fica vedado o impedimento ou sanção a alguém que alimentar um animal de rua, sob pena de multa no valor de R$ 200 ao infrator, dobrada em caso de reincidência. 

Caso o animal se mostre relutante em ingerir o alimento ou água, não se deve forçar o consumo. A medida altera a Lei nº 12.854/2003, que institui o Código Estadual de Proteção aos Animais.

A discussão sobre o assunto iniciou quando uma cidade catarinense começou a aplicar multas para quem alimentava animais de rua.

Conscientização

A Lei nº 18.057/2021, que também passou a valer a partir da terça-feira, 5, determina que seja incluída a conscientização sobre os direitos dos animais domésticos e silvestres no projeto pedagógico de escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio em Santa Catarina.

Temas como proteção, respeito e bem-estar animal, adoção e posse responsável de animais domésticos, proibição e multa da farra-do-boi, além da legislação referente aos crimes praticados contra animais e penalidades devem ser divulgados por meio de palestras, estudos e debates.

A medida também determina que o Projeto Protetor Ambiental Mirim, desenvolvido pela Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina, inclua a conscientização sobre os direitos dos animais domésticos e silvestres, e que a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) desenvolva ações para reforçar o assunto junto à comunidade. Caberá ao Poder Executivo a regulamentação desta lei.

Os dois Projetos de Lei são de autoria do deputado estadual Marcius Machado. 

Ao mesmo tempo em que busca uma solução para combater a pandemia causada pela Covid-19, a comunidade científica do mundo todo quer entender como o novo coronavírus funciona e suas mutações. Santa Catarina participa desse esforço internacional com um estudo coordenado pelo professor Glauber Wagner, Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A pesquisa tem como objetivo sequenciar o genoma do vírus que circula nas diferentes regiões do Estado. A ideia é avaliar a dispersão e as mutações. Com essas informações, será possível traçar estratégias de saúde para conter o avanço da pandemia.

Até dezembro já foram sequenciadas 50 amostras e até a primeira quinzena de fevereiro outras 50 passarão pelo processo. A previsão é encerrar essa etapa já no próximo mês para começar a análise do genoma do vírus.

Segundo Glauber, que coordena o Laboratório de Bioinformática da UFSC, várias pesquisas têm demonstrado que o conhecimento sobre o genoma e os tipos virais em circulação pode ser aplicado para observar os grupos de transmissão. “Ou seja, determinados genótipos, será que eles podem estar circulando em uma região do Estado e outros em outra região? Isso poderia permitir aos gestores entender um pouquinho dessa dinâmica em nível estadual e, talvez, até adotar políticas mais específicas para determinadas regiões”, explica o professor.


O estudo conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), que destinou R$ 100 mil via edital. Os recursos serão usados para compra de computadores – para análise dos dados usando a bioinformática – e para cobrir os custos do sequenciamento do genoma do vírus.

Segundo o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, além de apoiar esse estudo, a fundação também está acompanhando sua evolução e os resultados. “Parabenizamos à UFSC pela articulação, bem como demais universidades e pesquisadores envolvidos, pelo esforço de buscar o aprofundamento do conhecimento para enfrentar essa pandemia” destaca.

O professor Glauber explica ainda que, após a análise das informações, os resultados serão disponibilizados em plataformas globais para análise de outros pesquisadores. “Pretendemos contribuir para além do entendimento da epidemia aqui no Estado. Nossos dados vão servir para a comunidade científica entender como ocorre no mundo inteiro”, completa.

Como funciona a pesquisa
São coletadas amostras com swap nasofaringe de pacientes que foram diagnosticados com Covid-19 em Santa Catarina. Esse material é enviado para processamento no Laboratório de Biologia Molecular e Sorologia do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, em Florianópolis, que é referência para esse tipo de trabalho dentro da UFSC.

“De lá, essa amostra vem para nosso laboratório para uma etapa de amplificação do genoma viral. Para termos um volume viral significativo e então levar para um sequenciador, que é feito em uma empresa terceirizada”, explica o professor Glauber.

Após o sequenciamento do genoma, os dados retornam para o Laboratório de Bioinformática para que a equipe possa trabalhar com as informações. São usados diferentes algoritmos da ciências de dados e de machine learning. Assim, é possível traçar os perfis de genótipos do vírus no Estado tanto temporalmente quanto espacialmente.

Ao final do projeto, previsto para meados de 2021, também será criada uma plataforma catarinense para compartilhamento dos resultados, contendo os genótipos avaliados ao longo de um ano em Santa Catarina.

Resultados para além da Covid-19
O Laboratório de Bioinformática da UFSC trabalha com sequenciamento de genoma desde 2001. Mas a atuação, até então, era focada em outros parasitas. A pandemia mudou a rotina de trabalho dos pesquisadores e concentrou esforços para a análise do novo coronavírus.

A ideia, segundo o professor Glauber, é que essa pesquisa traga resultados no longo prazo, para além da publicação de artigos científicos e da divulgação dos dados sobre Covid-19.

Uma das consequências do investimento feito pela Fapesc é a melhoria das condições do laboratório, que vai permitir outros estudos, como também ampliar a qualidade das análises e o uso de novas metodologias, que impactarão no combate a outras doenças.

Pesquisa em rede
Além do apoio da Fapesc, a pesquisa coordenada pelo professor Glauber Wagner contou com diferentes parcerias. Os hospitais Regional do Oeste, de Chapecó, e Santa Terezinha, de Joaçaba, contribuíram com a coleta das amostras. Mais recentemente, a Secretaria de Estado da Saúde e o Laboratório Central (Lacen) fecharam acordo com os pesquisadores, ampliando a oferta de material de diferentes regiões do Estado.

Na parte prática da pesquisa, contribuíram ainda a equipe do Hospital Universitário, do Laboratório de Virologia Aplicada (UFSC), do Laboratório de Protozoologia (UFSC), do Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia (UFSC), Laboratório de Imunologia Aplicada (UFSC) e da University of Georgia (EUA).

O sequenciamento do genoma será feito pela startup catarinense Biome-Hub, de Florianópolis.

Mais estudos sobre a pandemia
A pesquisa coordenada pelo professor Glauber Wagner é uma das 16 que receberam apoio da Fapesc para combate à pandemia e seus efeitos. Ao todo, a fundação investiu R$ 2,2 milhões em recursos e bolsas para que esses estudos possam resultar em novos conhecimentos, dados e produtos.

O presidente da Fapesc reforça ainda que o apoio dado a essas pesquisas trará resultados para além da pandemia. “Esses investimentos estão gerando conhecimento e engajando pesquisadores, que vão poder nos auxiliar a enfrentar outras doenças ou mesmo epidemias futuras”, explica Fábio.

Pesquisar bem os preços antes de comprar o material escolar pode gerar uma boa economia. Pesquisa realizada pelo Procon/SC mostra que a diferença de valores entre produtos similares chega a variar até 699%, como é o caso de uma caneta esferográfica, que pode ser encontrada por R$ 1,00 até R$ 7,99 em estabelecimentos visitados pelo fiscais na capital catarinense.

Ao todo, foram pesquisados os valores de 17 itens constantemente solicitados pelas escolas. Borracha, canetas e tintas para pintura são os que mais oscilam.

Pedidos abusivos

O Procon/SC recomenda que os pais fiquem atentos aos pedidos das escolas, pois algumas instituições podem fazer pedidos que não cabe a eles fornecerem, como álcool, giz e pincel para lousa, lenços descartáveis, copos plásticos ou medicamentos.

De acordo com o diretor do órgão, Tiago Silva, a escola só pode exigir os materiais utilizados nas atividades diárias do aluno e em quantidade razoável. Também não pode haver especificação da marca ou do local para compra.

Dicas

O diretor do Procon/SC sugere que, antes de ir as compras, o consumidor verifique quais dos produtos da lista de material já possui em casa e, ainda, se estão em condição de uso, evitando assim, compras desnecessárias. Outra forma de economizar é promover a troca de livros didáticos entre alunos.

Alguns estabelecimentos concedem bons descontos para compras em grandes quantidades, dessa forma pode ser interessante efetuar compras coletivas, em parceria com outros pais. Nas compras pela internet o consumidor deve estar atento ao site acessado, verificando se é confiável e se apresenta segurança. Além disso, é preciso verificar o custo do frete, que pode encarecer a compra.