Depois de perder a sua companheira Pitchulla em um atropelamento, a dona de casa Gesina Fernandes Padilha, com a ajuda da família, dos profissionais do Núcleo do Bem-Estar Animal e da cachorrinha Mel, encontrou forças para seguir em frente e amenizar a dor. O processo não foi fácil, segundo ela, mas com muito apoio e com a adoção e companhia de um novo pet enfrentou o momento.

“Quando descobri que a Pithulla tinha morrido, entrei em desespero. Meu filho na época trabalhava no Núcleo, sabendo da minha tristeza, ele e o Elias Pereira (coordenador do local) trouxeram a Mel aqui para casa. No momento que vi a carinha dela, já disse: é minha”, contou Gesina.

A cachorrinha já está há quase dois anos com a dona de casa e é a sua fiel escudeira. “Ela é muito bem tratada aqui, é parte da minha família. Não me deixa sozinha. É muito parceira. Adora ir para o mar, passear de carro. Veio para trazer só alegria. Sou muito grata ao pessoal do Núcleo por ter me apresentado ela”, revelou.

O NBEA, além de estimular a adoção de animais de ruas e em muitos casos intermediar o processo, realiza castrações e atendimentos veterinários gratuitos. O espaço faz parte da Fundação do Meio Ambiente de Criciúma (Famcri).

Castrações

O objetivo do Núcleo é alcançar a castração de três mil animais em situação de rua e alcançar seis mil procedimentos realizados desde a sua fundação. “Já estamos quase nos aproximando dessa quantidade. Passamos de 2,5 mil castrações e temos até o início do próximo ano para alcançar o resultado. Em dois anos de implantação vamos completar seis mil castrações”, comemorou a presidente da Famcri, Anequésselen Bitencourt Fortunato.

O serviço é destinado para donos de animais em situação de vulnerabilidade social, ou seja, que a família tenha renda de até três salários mínimos mensais. “Também atendemos pessoas que trazem animais encontrados na rua”, lembrou. 

Atendimento aumenta na pandemia

Os profissionais do espaço notaram um crescimento na procura por consultas veterinárias e castrações neste momento de pandemia. O fator, segundo a presidente, se deve a maior atenção dos donos em relação aos pets. “As pessoas têm ficado mais tempo em casa, têm cuidado mais dos seus animais e observado suas necessidades”, explicou.

Em contrapartida, a situação de cachorros e gatos abandonados e maltratados cresceram. Muitas pessoas, até por condições financeiras, infelizmente estão largando seus bichinhos nas ruas. Também registramos um aumento na violência contra os animais”, informou Anequésselen.

Agendamento

A população para ter acesso aos serviços do NBEA precisa entrar em contato pelo (48) 3445-8729, agendar um horário e no dia da consulta levar o animal até o espaço, que fica localizado na rua Miguel Patrício de Souza, bairro Bosque do Repouso, anexo ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). O horário de atendimento é das 7h às 11h30 e das 13h às 16h

O Governo de Santa Catarina divulgou nesta quarta-feira, 9, a nova matriz de risco potencial para Covid-19. Dentre as 16 regiões de saúde do Estado, 14 estão em nível gravíssimo. Em relação ao boletim da semana passada, a região Foz do Rio Itajaí foi reclassificada, passando de gravíssimo (vermelho) para grave (laranja). A região do Extremo Oeste permanece em nível grave.

>> Confira aqui a nova matriz

A epidemiologista do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), Maria Cristina Willemann, alerta que a velocidade do contágio no estado ainda é alta, assim como a ocupação de leitos de UTIs.

“O número de casos em Santa Catarina está em crescimento e nós não sabemos quanto tempo isso irá durar, mas há importante contribuição do comportamento da população, pois percebemos que o registro dos casos está localizado, em grupos familiares e territoriais”, afirma.

Na última semana, Santa Catarina registrou 33.458 novos casos e 323 óbitos confirmados. Na terça-feira, o estado contabilizou 91 óbitos, o maior número notificado em 24 horas durante todo período da pandemia.