De alguns anos para cá, o suicídio passou a ser considerado um problema de saúde pública. Com relevante número de casos no país e no mundo, a Associação Brasileira de Psiquiatria, em parceria com o Conselho Federal de Medicina, criou, em 2014, o Setembro Amarelo.

A campanha tem como objetivo prevenir o suicídio, ao adotar medidas que promovam o diálogo sobre o tema e consequente redução no número de casos.

Segundo o Centro de Valorização da Vida (CVV), a cada 45 minutos um brasileiro tira a própria vida, uma taxa de mortalidade que supera muitos tipos de câncer. Do total, 96,8% dos casos de morte por suicídio estão relacionados a transtornos mentais, como depressão e o transtorno bipolar, um cenário que nos alerta sobre a importância de constantes diálogos com pessoas que, por quaisquer motivos, desenvolveram tais transtornos.

Abordar e divulgar os fatores de risco possibilita que os profissionais de saúde e toda a população de modo geral estejam mais atentos e informados com relação a esse problema.

A conscientização aumenta as chances de que as pessoas mais vulneráveis sejam direcionadas ou busquem um tratamento de saúde mental mais apropriado. Diferente do que pode parecer, falar sobre suicídio de maneira cuidadosa e adequada não gera aumento no número de casos, pelo contrário, trazer o assunto para diálogos saudáveis contribui – e muito – para a promoção da saúde mental.

“Trabalhadores de setores como a saúde, familiares e pessoas próximas devem levar em consideração a fala de uma pessoa que diz pensar em suicídio e encaminhá-lo para um profissional de saúde mental. O tratamento envolve não somente ele próprio, mas se estende também àqueles que fazem parte do seu dia-a-dia, pois devem obter informações e orientações de como proceder em situações anormais”, aconselha Clara Kislanov, psicóloga da Cia. da Consulta.

O Setembro Amarelo nada mais é do que um lembrete sobre a importância de dialogar. “O diálogo é uma maneira clara de mostrar que a pessoa não está sozinha e oferecer apoio e estar à disposição de quem precisa faz toda a diferença e pode salvar uma vida”, alerta a psicóloga.

Vale destacar que o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional, para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo.

O centro realiza mais de 2 milhões de atendimentos anuais, graças ao apoio de 2.400 voluntários em 90 postos de atendimento pelo telefone 188 (sem custo de ligação), ou pelo www.cvv.org.br via chat, e-mail ou carta. Converse, você pode salvar uma vida!

Fonte: Diário Carioca

A procura pela vacina contra o sarampo foi baixa e o Ministério da Saúde prorrogou a campanha, que terminaria amanhã, dia 31 de agosto.

Agora, quem tem entre 20 e 49 anos vai poder procurar posto de saúde para se imunizar até o dia 31 de outubro.

Segundo o ministério da saúde, por causa da pandemia do novo coronavírus, a campanha deste ano acabou atingindo um público bem menor do que o esperado.

Desde o início da mobilização, em 16 de março – até 17 de agosto – cerca de 5,3 milhões pessoas entre 20 e 49 anos receberam a vacina. Mas, esse número está muito abaixo dos 90 milhões de pessoas que o ministério pretende atingir.

O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade. Pra se ter uma ideia, um paciente contaminado pode infectar até 18 pessoas. A principal forma de contágio é pela tosse, espirro, fala e até mesmo pela respiração. E a medida mais eficaz de controle da doença é a vacinação.

Os sintomas mais comuns são: febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite, sensibilidade à luz e pequenas manchas brancas dentro da boca.

Quem não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra de ter sido vacinado, deve tomar apenas uma dose. Mas, as gestantes precisam ficar atentas, porque não podem receber a vacina.

De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, até 25 de julho deste ano foram confirmados mais de 7 mil casos de sarampo, em 21 estados. A maior parte das ocorrências, 64%, foram no Pará. Cinco pessoas morreram.

Fonte: Radioagência Nacional