Lançado logo nos primeiros dias de quarentena, o SOS Unesc – Covid-19, programa de teletriagem gratuito para toda a comunidade, segue em pleno funcionamento e tem foco em colaborar com pacientes e com a rede de saúde.

Os atendimentos do projeto são feitos com apoio do curso de Medicina e do Programa de Residências Médicas e Multiprofissional em Saúde, com profissionais divididos em turnos, das 8h às 20h.

O atendimento feito de forma virtual, pelo Whatsapp, é realizado por meio de um sistema que direciona as perguntas iniciais ao paciente que, caso seja avaliada a necessidade do encaminhamento, conversa diretamente com profissionais e residentes da saúde sob orientação de tutores.

Conforme a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, Cristiane Tomasi, ao oferecer a teletriagem a Universidade colabora com pacientes e com toda a comunidade. “Isso porque o serviço tem a credibilidade da Unesc e ajuda a evitar que todos precisem buscar o Centro de Triagem e desta forma gerar uma aglomeração, por exemplo”, explica.

Para os residentes Ednara Sávio Caetano e Diego de Souza, que participam dos atendimentos desde o início do projeto, a avaliação mais precisa sobre o assunto vem dos próprios usuários do serviço.

Segundo Ednara, mesmo se tratando de uma ferramenta virtual, muitos pacientes relataram que se sentiram acolhidas com o contato e enfatizaram a importância de um atendimento humanizado. “Outros feedbacks recebidos foram, por exemplo, de pessoas que disseram estar se sentindo mais calmas e amparadas. Tivemos diversos elogios pelo sistema utilizado no SOS por possibilitar um direcionamento correto ao paciente conforme os sintomas descritos e a segurança nesse encaminhamento”, comentou.

Ao contar com diferentes desafios, o atendimento remoto, conforme Diego, também conta com algumas facilidades, se comparado ao presencial. “Uma dessas vantagens é a segurança que traz ao evitar o contato e diminuir a probabilidade de uma infecção durante a consulta.

Além disso, o trabalho remoto traz a possibilidade de alto número de atendimentos, encaminhamentos e direcionamentos corretos, discussão de caso com a equipe, estruturação de vínculo e acompanhamento de caso por meio de contatos em caráter e retornos, além do desenvolvimento de ações de promoção de saúde mesmo em tempo de pandemia”, acrescenta.

O atendimento virtual do SOS Unesc – Covid-19 pode ser acessado por meio do contato (48) 99183-8663.

Entenda o serviço passo a passo:

1. Adicione o telefone (48) 99183-8663 como contato em seu aparelho de celular como SOS Covid-19;

2. Digite “Oi” para iniciar o atendimento;

3. Neste momento você receberá uma mensagem eletrônica e deverá preencher seus dados;

4. Se não você não estiver com algum sintoma ou sinal de contaminação, o sistema emitirá o protocolo e encerrará o caso;

5. Caso você sinalize a presença de ao menos um sinal ou sintoma de Covid-19 o sistema o encaminhará para um residente. Esse profissional fará sua avaliação e orientará para que permaneça eu casa ou que seja encaminhado à um dos médicos do SOS Unesc Covid-19.;

6. O médico de plantão confere a avaliação feita pelo residente e orienta para que você fique em casa ou o encaminha ao serviço de saúde do município.;

7. Caso a orientação final seja para que fique em casa, o serviço do SOS Unesc Covid-19 será monitorado todos os dias também por meio do Whatsapp.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) definiram como será a produção da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford. O encontro dos principais dirigentes das duas instituições ocorreu de modo virtual, no último dia 19, mas só foi tornado público ontem (26).

De acordo com a assessoria da Fiocruz, que teve acesso às informações da reunião, Bio-Manguinhos realizará as etapas de formulação, envase e rotulagem da vacina utilizando as instalações do Centro de Processamento Final (CPFI) e do Pavilhão Rockfeller, destinado à fabricação de vacinas virais e que tem certificação de boas práticas de fabricação (CBPF) e pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS). Já a produção do insumo farmacêutico ativo (IFA) será realizada no Centro Henrique Pena.

A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade Lima, destacou que o momento requer a união de esforços e expertises para se encontrar soluções no mais breve tempo possível.

“A vacina só será possível com intensa articulação e colaboração de todos os envolvidos. Para isso, os especialistas das duas instituições atuarão de forma integrada ao processo de produção da vacina, para que possam avaliar cada etapa, à luz da ciência, e realizar todas as análises necessárias”, disse Nisia.

Para o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, o encontro revelou o empenho e a aproximação entre as duas instituições para o desenvolvimento da vacina.

“A Anvisa e a Fiocruz vêm trabalhando juntas para melhorar o combate à Covid-19, com foco na discussão sobre o registro de uma vacina. A reunião contribuiu para estreitar laços e tratar de aspectos gerais do desenvolvimento vacinal”, disse Torres.

Segundo o diretor de Bio-Manguinhos, Mauricio Zuma, esse alinhamento é fundamental para que o registro possa acontecer o mais rapidamente possível, a partir da obtenção de resultados satisfatórios nos estudos clínicos, que no Brasil estão sendo conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de Oxford.

“Essa análise prévia é uma prática de longa data que adotamos junto à Anvisa para a incorporação de tecnologias, e só traz benefícios para o país, na medida em que nos dá direcionamentos de medidas a serem tomadas antecipadamente para o cumprimento das exigências regulatórias e o apoio necessário para a importação dos insumos – no caso da vacina da Covid-19 em caráter emergencial, possibilitando a disponibilização mais rápida de vacinas e outros imunobiológicos para o Sistema Único de Saúde”, disse Zuma.

Cliquei aqui para mais informações sobre a reunião entre Fiocruz e Anvisa.

Fonte: Agência Brasil