O baixo nível de aprendizado dos alunos, as grandes desigualdades e a trajetória escolar irregular estão entre as questões mais preocupantes em relação à educação pública brasileira. A constatação está no Relatório do 3º Ciclo de Monitoramento do Plano Nacional de Educação 2020, divulgado ontem (2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

O levantamento do biênio 2018- 2019 do Plano Nacional de Educação (PNE), que tem 20 metas definidas para serem alcançadas entre 2014 – 2024, mostra que dificilmente o Brasil vai conseguir atingi-las no prazo. Na educação infantil, por exemplo, responsável por crianças até 3 anos, a cobertura chegou, em 2018, a apenas 36%. O maior número de crianças não atendidas – cerca de 1,5 milhão – pertencem à famílias de baixa renda.

Para essa faixa de idade, o PNE prevê a redução da desigualdade entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos a um patamar menor que 10 pontos percentuais. Em 2018, no entanto, a desigualdade registrada foi bem superior a essa meta, e chegou a cerca de 25 pontos percentuais. A expectativa quanto à melhora desse indicador não é otimista. Segundo os pesquisadores, a tendência é de que até 2024 o Brasil não ultrapasse o índice de 45% de cobertura até 3 anos de idade, ficando bem aquém da meta.

Já no ensino obrigatório – para a faixa etária de 4 a 5 anos – apesar de a cobertura ter chegado a 94% em 2018, é necessário incluir cerca de 330 mil crianças na pré-escola para se atingir a universalização.

Ensino fundamental

Quando o recorte é feito no ensino fundamental, a boa notícia é que em 2019 98% das crianças e adolescentes de 6 a 14 anos estavam matriculados com desigualdades praticamente inexistentes entre regiões e grupos sociais, diz o levantamento.

Segundo o Inep, nesse caso, o maior desafio é a conclusão do nono ano na idade recomendada. Somente 78% dos adolescentes aos 16 anos chegaram a concluir essa etapa, a meta estabelece que 95% dos jovens de 16 anos cheguem ao final do ensino fundamental de nove anos até 2024. “A análise tendencial sugere que, no ritmo atual, essa meta não será alcançada, sendo necessário triplicar a velocidade de melhora do indicador”, alerta o estudo.

As desigualdades regionais e sociais são apontadas como o grande problema para a melhoria dos indicadores do ensino fundamental. O relatório destaca que cerca de 1,9 milhão de jovens de 15 a 17 anos que frequentam a escola ainda estão matriculados no ensino fundamental. “Isso coloca o Brasil longe da meta do PNE de, até 2024, ter pelo menos 85% da população de 15 a 17 anos frequentando o ensino médio. Em 2019, esse indicador alcançou 73% dos jovens e apresentou expressivas desigualdades regionais e sociais”, diz o relatório.

Ainda no campo da qualidade educacional, o relatório destaca que o Brasil avançou na melhoria do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais do ensino fundamental, mas apresenta “evolução ínfima e tendência à estagnação” em relação aos Idebs dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio, respectivamente.

“A dívida histórica da educação nacional com o acesso escolar está marcada pelo grande contingente de jovens, fora da faixa etária de matrícula obrigatória, de 18 a 29 anos, que não possuem a educação básica completa, ou seja, pelo menos 12 anos de escolaridade. As desigualdades de acesso, que historicamente alijaram do direito à educação as populações do campo, das regiões menos desenvolvidas, de cor negra e dos grupos de renda mais baixa, são enfrentadas no PNE” , destaca do documento. Alcançar o mínimo de 12 anos de escolaridade para esses grupos e igualar a escolaridade entre negros e não negros é a meta para 2024.

Analfabetismo

Alcançar a redução em 50% do analfabetismo funcional e erradicar o analfabetismo absoluto até 2024 também está entre as metas do PNE. O relatório mostra que a meta intermediária de elevar a taxa de alfabetização para 93,5% foi praticamente alcançada em 2019, embora significativas desigualdades regionais e sociais ainda persistam. A meta de erradicação do analfabetismo adulto até 2024 está 6,6 pontos percentuais de ser alcançada, enquanto o analfabetismo funcional, embora em queda, ainda dista 5 pontos percentuais da meta.

“É fato que o Brasil ainda não alcançou uma articulação robusta em torno de um regime de colaboração entre União, estados e respectivos municípios, por meio de ações coordenadas e integradas dos poderes públicos dessas diferentes esferas federativas, que conduzam a esforços compartilhados para assegurar o acesso, a permanência, de forma integral e universal, e a efetividade dos sistemas educacionais. É um processo em curso. Porém, reconhecidamente, há uma convergência de atores em torno do PNE, que lhe confere sustentabilidade, continuidade e reconhecimento da imprescindibilidade do alcance das metas e da implementação de suas estratégias”, constata o relatório.

Fonte: Agência Brasil

A 22ª Campanha de Vacinação contra a gripe chegou ao fim nesta terça-feira, 30, após mais de três meses de duração. Santa Catarina não atingiu a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS) de vacinar, ao menos, 90% das pessoas que compõem os grupos prioritários. Da população total de 2.674.128 pessoas que deveriam ter tomado a dose, 74,65% se imunizaram.

Assim, as vacinas continuam disponíveis, prioritariamente, para a população dos grupos de risco, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde. No entanto, pessoas que não fazem parte dos grupos e têm interesse em tomar a dose, também podem procurar uma unidade de saúde. A medida evita que haja desperdício de doses.

A vacina fica disponível até que os estoques sejam encerrados. Santa Catarina recebeu um total de 2.706.200 doses para a campanha.

A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), Lia Quaresma Coimbra, atribui a baixa procura pela vacina, em grande parte, pela pandemia do coronavírus. ”A gente acredita que muitas pessoas ainda estão receosas em sair de casa, mesmo tomando todos os cuidados necessários e isso acabou refletindo na cobertura vacinal”, explica. Em anos anteriores, o estado obteve melhores resultados na Campanha de Vacinação contra a gripe. Em 2019, a cobertura ficou em 87,27%. Em 2018, em 92,03%.

A vacina contra a gripe protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no inverno passado que são: influenza A (H1N1); influenza A (H3N2) e influenza B e não causa a gripe, pois é fabricada com vírus morto. Ela tem como objetivo evitar os casos graves, internações e óbitos pela doença. Além disso, neste momento, apesar de não oferecer imunidade contra o coronavírus, é uma importante ferramenta no diagnóstico da Covid-19, já que os sintomas das duas doenças são bem parecidos.

Confira como ficou a vacinação entre os grupos prioritários:

 

Grupo

População

Doses aplicadas

Cobertura Vacinal

Fase 1

Idosos com mais de 60 anos

670.028

841.668

125,62

Trabalhadores da saúde

134.793

144.617

107,29

Fase 2

Forças de segurança e salvamento

23.120

17.910

77,47

Pessoas com comorbidades

490.452

353.036

71,98

População privada de liberdade

16.400

16.544

100,88

Funcionários do sistema prisional

3.981

3.890

97,71

Caminhoneiros

145.893

32.885

22,54

Motoristas e cobradores do transporte coletivo

17.961

6.528

36,35

Trabalhadores portuários

4.277

3.202

74,87

Povos indígenas

11.459

10.698

93,36

Fase 3 (etapa 1)

Crianças de 6 meses a menores de 6 anos

470.984

326.207

69,26

Pessoas com deficiência

221.726

5.575

2,51

Gestantes

71.524

44.240

61,85

Puérperas (até 45 dias após o parto)

11.752

8.146

69,32

Fase 3 (etapa 2)

Adultos de 55 a 59 anos

303.003

117.024

38,62

Professores de escolas públicas e privadas

76.775

64.120

83,52

TOTAL

 

2.674.128

1.996.290

74,65%

*Fonte: SIPNI/DATASUS/MS. Dados atualizados às 23h50 do dia 30 de junho de 2020.

Desde o início da pandemia, respeitando as medidas de segurança e preservando a saúde de todos, as agências do Sine vêm atendendo de forma presencial sob agendamento, pelos telefones das unidades. As solicitações para o seguro-desemprego devem ser feitas por meio dos canais digitais do Governo Federal, no site servicos.mte.gov.br ou pela Carteira de Trabalho Digital.

Devido à demanda, o Sine disponibiliza, também, um e-mail exclusivo para solicitações, envio de documentos e solução de possíveis divergências na documentação do seguro-desemprego: [email protected]. Os servidores de todas as agências estão focados no atendimento digital.

Desde o mês passado o número de pedidos de seguro-desemprego tem baixado e novas vagas estão sendo ofertadas, nesta quarta-feira foram atualizadas 86 novas oportunidades de trabalho na cidade.

Quem tiver em busca de uma oportunidade para superar a crise pode conferir abaixo as vagas disponíveis: 

  • Agendador de concessionária 
  • Ajudante de montador para chapeação
  • Auxiliar de Crédito
  • Auxiliar de logística
  • Auxiliar financeiro
  • Auxiliar jurídico 
  • Condutor de asfaltadora – vibroacabadora
  • Cozinheira
  • Mecânico de caminhão
  • Motorista de basculante
  • Motorista de caminhão espagidor 
  • Motorista de guindaste
  • Motorista de ônibus 
  • Motorista entregador
  • Oficial de manutenção predial
  • Operador de escavadeira
  • Operador de motoniveladora
  • Operador de pá carregadeira
  • Operador de rolo compactador
  • Operador de rolo de terraplanagem
  • Operador de trator esteira
  • Rastilheiro
  • Recepcionista
  • Auxiliar de Representante comercial autônomo 
  • Servente de obra
  • Soldador
  • Auxiliar de Vendedor em domicilio externo

Lembramos que para algumas destes cargos, há mais de uma vaga disponível. As vagas foram divulgadas no dia 1º de julho de 2020. O atendimento no Sine é de segunda a sexta-feira, das 13h às 18h, e o órgão está localizado nos fundos do IGP (Instituto Geral de Perícias), no Bairro Vila Rica, na Grande Próspera.

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Para se candidatar as vagas é necessário apresentar RG, CPF e Carteira de Trabalho, o Ensino Médio é necessário para a maioria das vagas oferecidas. Mais informações, exceto sobre vagas, podem ser obtidas pelo telefone (48) 3403-1170.

Para ser atendido será necessário aguardar a vez, respeitar as medidas de higienização e o uso de máscara é obrigatório.