O Governo do Estado montou uma força-tarefa para prestar apoio aos 92 municípios de Santa Catarina que decretaram situação de emergência em função da estiagem. Desde o dia 12 de maio, o Grupo de Ações Coordenadas (GRAC) está atuando com o suporte de toda a estrutura de Governo no enfrentamento da seca que traz prejuízos à população.

De acordo com o chefe da Defesa Civil Estadual (DCSC), João Batista Cordeiro Júnior, o objetivo da força-tarefa é proporcionar uma resposta rápida aos municípios, considerando o impacto significativo. “A estiagem que está afetando todas as regiões catarinenses é a situação mais severa enfrentada nos últimos 14 anos”, destaca.

Ele explica que, desde 2019, uma série de medidas vem sendo adotada para monitorar a evolução da estiagem e minimizar os danos. Com este foco, equipes da DCSC estão percorrendo os municípios e avaliando cada situação, garantindo que as melhores ações possam ser colocadas em prática. Em paralelo, o setor de hidrologia e monitoramento meteorológico da Defesa Civil fornece dados para o embasamento dos trabalhos.

“Realizamos contato com o Governo Federal, que está aportando recursos destinados para o aluguel de caminhões pipas e itens de assistência humanitária”, explicou o Chefe da DCSC. Ele reforça que os municípios estão sendo orientados em relação aos procedimentos para o acesso aos recursos através de planos de trabalho.

Em âmbito estadual, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SDE) estuda viabilizar recursos aos municípios para a perfuração de poços, e a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural (SAR) trata do mesmo tema com foco nos produtores rurais.

“Na DCSC temos o registro de preço para a aquisição de cisternas e nossas equipes percorrem todas as regiões do estado para a devida avaliação. Neste trabalho também estamos contando com o apoio da Federação dos Municípios de Santa Catarina (Fecam). Estamos trabalhando para que a situação seja vencida com a mitigação dos danos”, completou Cordeiro.

Outro foco do Governo do Estado são as políticas de longo e médio prazos. João Batista ressalta que existem ações que não precisam de muitos recursos e representam grandes mudanças na sociedade e até mesmo uma mudança de cultura da população. Dentre elas, a preservação das nascentes, o reuso da água e coleta e armazenamento da água da chuva.

“Nos períodos de cheias, podemos aproveitar reservas desta água para a utilização em períodos de estiagem. Temos uma série de recursos hídricos que devemos proteger e aproveitar. Todas essas questões devem ser avaliadas para que no futuro tenhamos a situação normalizada”, finalizou.

Operação Estiagem

No Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cigerd) está concentrada a força-tarefa formada pelos membros do Grupo de Ações Coordenadas (GRAC). A Operação tem como objetivo dar suporte ao Comitê de Recursos Hídricos avaliando e apontando a destinação das ações para o combate aos efeitos da estiagem.

Dentro dos trabalhos são realizadas ações de logística para a distribuição de água para as localidades afetadas, através do fornecimento de reservatórios e apoio na elaboração de planos de trabalho para a utilização de carros pipa.

Coordenadorias regionais da Defesa Civil de Santa Catarina

Todos os 20 centros integrados de gerenciamento de riscos e desastres regionais (CIGERDS) estão acionados para auxiliar os municípios nas ações de enfrentamento da estiagem.

Um exemplo é o CIGERD de São Miguel do Oeste que é responsável pelos municípios pertencentes à Associação dos Municípios do Extremo Oeste de Santa Catarina (AMEOESC). Dos 19 municípios que pertencem a Associação, 16 já decretaram situação de emergência em decorrência da estiagem que assola a região.

Existem estimativas de perdas no setor agrícola e pecuário, sendo os mais afetados os produtores de leite, soja, feijão e milho safrinha.
Também estão sendo registrados problemas com o abastecimento de água potável para consumo humano e animal, com mais intensidade nas áreas rurais. Comunidades do interior estão sendo abastecidas com caminhões e tratores pipa.

Financiamentos para construção de poços artesianos

A Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural investirá, via Fundo de Desenvolvimento Rural (FDR), R$ 1,5 milhão em financiamentos sem juros para captação e uso da água. O financiamento via FDR tem o limite de R$ 25 mil por produtor, com cinco anos para pagar e sem juros. Essa é uma linha já existente e que será reforçada ao longo de 2020.

Nos últimos cinco anos, o Governo do Estado investiu mais de R$ 22,9 milhões em projetos de construção de cisternas e sistemas de abastecimento, além da cessão de uso de mais de 400 distribuidores de água para os municípios. Em 2019, foram apoiados 538 projetos de irrigação, num investimento de R$ 182,9 mil em subvenção de juros de financiamentos.

A Vigilância Epidemiológica de Criciúma, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizou mais um foco do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika virus e chikungunya.

Desta vez a larva foi encontrada em armadilha no bairro Vila Isabel, no distrito do Rio Maina, e com essa localização já são 41 focos em Criciúma só em 2020, representando um acréscimo de 410% em relação a todo ano de 2019, quando foram registrados 10 focos nos 12 meses.

“Essa quantidade nos preocupa e acende o alerta para que a população reforce ainda mais os cuidados para evitar água parada. Todos os recipientes que possam acumular água devem ser armazenados de forma adequada ou devidamente descartados”, explicou a médica veterinária do CCZ, Mayara Vieira Tizatto.

Vistorias na região de Vila Isabel

A veterinária explica ainda que os agentes de combate às endemias já iniciaram as vistorias nas residências em um raio de 300 metros de onde o foco foi encontrado, no bairro Vila Isabel. Eles estão identificados com crachá, colete e veículos oficiais.

“A gente gostaria de reforçar o pedido para população atender nossos agentes para que eles possam fazer a vistoria do ambiente e passar orientações. Nas casas de pessoas do grupo de risco à Covid-19, nós não faremos vistorias no terreno, apenas passaremos as instruções à distância ou por interfone, conforme o caso”, ressaltou Mayara, acrescentando que todos os agentes trabalham com os equipamentos de proteção individual recomendados contra a disseminação do coronavirus.

Sintomas das doenças

Se a pessoa tiver febre alta, dor atrás dos olhos, manchas no corpo, dor em articulações e no corpo, deve imediatamente procurar uma unidade de saúde para fazer o diagnóstico. O paciente nunca deve se automedicar.

Mais orientações da Vigilância Epidemiológica de Criciúma:

Potes de água dos animais de estimação: uma vez por semana escovar as bordas, mesmo que a água seja trocada todos os dias.

Piscinas: devem ser tratadas com cloro, se possível com filtro. Deixar tampada caso não esteja em uso.

Calhas: sempre verificar se estão obstruídas, limpar com maior frequência.

Materiais de construção e pneus: armazenar em locais cobertos e não deixar água a acumular no interior dos objetos.

Garrafas: sempre viradas para baixo.

Caixa d’água: nunca deixar destampada.

Vasos de plantas: o ideal é não utilizar o pratinho, mas se utilizar encher até a borda com areia.

Bromélia: uma vez por semana dar um jato forte de água em cima da planta se for plantada no chão. Se for em vasinho, retirar a água parada.

Folhas de coqueiros e de bananeiras com formato côncavo: uma vez por semana retirar do terreno, podendo queimar ou quebrar e descartar no lixo, dentro de uma sacola fechada.

Lixo: utilizar sacos plásticos bem resistentes e colocar em uma lixeira sempre próximo do horário da coleta.

A Avenida Santos Dumont, que dá acesso aos bairros Próspera e Pinheirinho, está interditada nesta quinta-feira (28), desde às 7h. As alterações são em virtude das obras de esgotamento sanitário, que estão sendo realizadas nas margens da via pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).

Hoje, será feito o corte das travessias, ligando as duas laterais da avenida. Por esse motivo, os caminhões não podem seguir em direção ao cemitério, ao contrário dos carros que podem continuar o trajeto e entrar na rua do Fórum de Criciúma. A previsão é de que as interrupções sigam durante duas semanas.

Caminhões precisam estar atentos

Os caminhões que seguem no sentido Próspera-Pinheirinho, precisam entrar na rua Artur Bernardes à direita, na sinaleira, e depois seguir até a rua Domênico Sônego. O último acesso para os caminhões é na rua Palestina, à direita, em frente ao cemitério. Já os automóveis, podem seguir em frente e entrar na rua Raymundo Procópio Nunes.

“Os caminhões não podem passar por ali, pois correm o risco de derrubar uma barra ou prejudicar uma área cortada. Por isso, pedimos que prestem atenção nas rotas indicadas para que possamos evitar acidentes”, alertou o gerente de operações de Trânsito e Transporte, Paulo Borges.

Aqueles que vão no sentido Pinheirinho-Próspera, precisam acessar a rua Visconde de Cairú e seguir até a rua Domênico Sônego.

Moradores do bairro Milanese

Os moradores do bairro Milanese terão acesso à rua Raymundo Procópio Nunes e à paralela, Vaudrillio Manoel Serafim. Caminhões não poderão acessar das proximidades do Bradesco em diante, tendo que pegar a Visconde de Cairú para seguir o destino pela Domênico Sônego ou Artur Bernardes.