A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) e o Sindicato do Comércio Varejista (Sindilojas) encaminharam nesta semana um ofício ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), Julio Garcia, aos deputados estaduais da região Sul e o presidente da Comissão de Transportes e Mobilidade Urbana da Casa, João Amin, solicitando apoio na pauta do retorno imediato dos serviços de transporte coletivo urbano.

As entidades ponderam que, além de gerar emprego e renda, a atividade é considerada essencial para a retomada da economia no Estado. No documento, as instituições ainda frisaram a importância do cumprimento de medidas cautelares sanitárias de prevenção.

Os representantes da classe empresarial têm sido procurados por diversos setores da sociedade que expõem a dificuldade gerada pela falta do serviço de transporte coletivo na cidade, enaltece a presidente da CDL de Criciúma, Andréa Gazola Salvalaggio. As dificuldades vão desde o acesso dos funcionários aos seus locais de trabalho, até a viabilidade da chegada dos próprios consumidores ao comércio, causando prejuízos relevantes às atividades econômicas. “A nosso ver, com a retomada destas atividades dos serviços, do comércio e da indústria, o serviço de transporte público se faz necessário”, reforça Andréa.

O presidente da Acic, Moacir Dagostin, reitera a importância do retorno dos serviços do transporte. “Precisamos que o transporte volte a funcionar para que os funcionários tenham condições de retornar aos seus trabalhos. As medidas de prevenção estão dia a dia sendo incutidas aos brasileiros, didaticamente.

O Estado de Santa Catarina revela-se diferenciado, seja na obediência às medidas de prevenção, seja na estrutura médica-assistencial aos portadores do COVID-19. Sendo assim, também o de transporte coletivo urbano certamente adotará medidas restritivas e preventivas aos usuários, estando preparado para o retorno imediato das atividades”, ressalta.

As orientações para evitar o contágio pelo novo coronavírus vêm sendo repetidas em diversos locais por autoridades e nos meios de comunicação. Mas as dúvidas sempre surgem. Uma delas refere-se a medidas e cuidados específicos que devem ser adotados para crianças. Apesar de ser a faixa etária com menor incidência, já há casos confirmados e mortes desse segmento da população.

Além disso, por terem maior índice de manifestações assintomáticas, crianças podem ser vetores de transmissão para públicos mais suscetíveis de contaminação e evolução do quadro de saúde da covid-19. Assim, os cuidados com essa faixa servem tanto para proteger essas pessoas quanto os que estão ao seu redor.

Uma cartilha do Ministério da Saúde recomenda que pais expliquem às crianças o que está ocorrendo com a pandemia, a seriedade da situação e o que é o coronavírus. O diálogo é importante para lidar com sentimentos como insegurança e medo, decorrentes das mudanças que surgem neste novo momento.

Nesse papel educativo, acrescenta o documento, os pais devem apresentar aos filhos as medidas necessárias para a sua proteção e de quem está próximo, como familiares, especialmente os que integram os chamados grupos de risco.

O documento tem linguagem adaptada para crianças e adolescentes e pode servir como material informativo, a ser disponibilizado pelos pais a seus filhos e familiares. Ele traz conteúdos sobre o coronavírus e aborda formas de prevenção, mostrando dúvida comuns sobre higienização e significados de termos que ganharam visibilidade, como nomes das autoridades de saúde, pandemia e sintomas.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, não há evidências, até o momento, de transmissão pelo leite materno. Nos raros casos de recém-nascidos com covid-19 não há evidência de transmissão vertical (da mãe para o filho). Por isso, a entidade afirma que é desnecessário alterar essa prática entre mães e filhos.

Crianças infectadas

Segundo a coordenadora do Serviço de Epidemiologia e Controle de Infecção Hospitalar do Centro de Imunizações do Hospital Pequeno Príncipe, no Paraná, Heloísa Giamberardino, para o caso de crianças acometidas da doença é importante ficar em ambiente arejado, não receber visitas e evitar contato com pessoas mais velhas.

A especialista destaca que é importante lidar com as características dessa idade. “A criança não tem noção de higiene como um adulto pode ter, por isso é importante não expor outras pessoas ao contato com ela”, alerta Giamberardino.

Quem estiver junto da criança deve estar sempre com máscara de proteção. Após banho ou troca de fralda, é fundamental fazer a higiene das mãos, além de lavar lençóis e roupas da criança separadamente. “É bem importante limpar com álcool as superfícies do quarto e dos locais que a criança usa”, recomenda a médica.

Profissionais

A Sociedade Brasileira de Pediatria, em outro comunicado sobre o tema divulgado no dia 31 de março, traz uma série de recomendações para médicos. O documento orienta que os profissionais reforcem as medidas de higiene e a importância da quarentena.

Os fluxos em ambulatórios e clínicas devem ser reorganizados, com horários marcados, para evitar presença em salas de espera. Assim como outras especialidades, é possível e recomendável recorrer ao uso de tecnologias, como a telemedicina. Quando o profissional apresentar sintomas, deve buscar atendimento médico e diagnóstico para confirmar ou não a contaminação pelo vírus.

Outras doenças

A SBP também alerta que é importante manter o cuidado com outras doenças, especialmente as síndromes gripais nestes meses de outono e inverno. Isso envolve fazer a vacinação e manter a imunização contra outros vírus em dia.