O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) alerta a população para ter cuidados durante o manuseio do álcool 70% durante os cuidados de higienização em casa.

A corporação ressalta a importância do uso do produto para a prevenção ao novo coronavírus, mas relembra que é preciso ter muito cuidado no manuseio para evitar queimaduras.

A venda da versão líquida do produto estava proibida desde 2002 e foi liberada para os cidadãos por 90 dias para a esterilização dos ambientes. Já a versão em gel é liberada para a venda. 

A diferença entre ambas é que na apresentada em gel, em caso de contato com fogo, não ocorre uma explosão, como seria na líquida. Porém, o álcool em gel leva mais tempo para evaporar.

Por isso, é preciso ter cuidado ao utilizar as duas versões, principalmente em ambientes fechados. Siga as instruções da corporação para ter um ambiente seguro.

Cuidados para evitar acidentes domésticos com o álcool
  • Utilize apenas a quantidade necessária para higienizar as mãos ou superfícies, com os ambientes ventilados e aguarde a evaporação total do produto;
  • Controle a utilização em crianças, evitando que elas fiquem próximas a locais que possam levar a uma queimadura;
  • Jamais utilize fósforos e isqueiros logo após a aplicação de álcool nas mãos ou superfícies;
  • Nunca derrame álcool sobre o fogo, pois a chama pode seguir o caminho do álcool e chegar até as suas mãos;
Como proceder em caso de queimaduras graves
  • Primeiramente, ligue para o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina pelo telefone 193, explique – com calma – o que aconteceu. Enquanto a ambulância se desloca para o local do atendimento, coloque a parte queimada em água corrente, em temperatura ambiente. 
  • Jamais utilize as substâncias caseiras, como borra de café ou pasta de dentes, por exemplo, porque isso pode agravar a situação;
  • Não aplique pomadas ou medicamentos sem a orientação médica;
  • Não estoure as bolhas, que podem se formar devido a queimadura, ou tente descolar peças de roupa que podem ficar grudadas sobre a pele, deixe isto para um profissional.

Os profissionais da Odontologia e os pacientes, durante o atendimento, estão expostos a gotículas que podem transmitir o coronavírus (Covid-19). Por isso, o setor em Criciúma, está seguindo as medidas restritivas e realizando apenas atendimentos de urgência e emergência.

Os procedimentos antes realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Criciúma dos bairros Boa Vista, Próspera e Centro, agora também serão prestados na Santa Luzia, Quarta Linha e no Metropol.

A medida adotada pela Secretaria Municipal de Saúde é para evitar sobrecarga de atendimentos em um único local. Por isso, em casos de dor, fratura de dente ou outra situação emergencial, o paciente deverá recorrer à unidade de atendimento do seu distrito.

A do Boa Vista estará atendendo nos sete dias da semana, das 7h às 19h e nas outras cinco unidades, o atendimento será de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

“Aumentando os pontos de atendimento para seis distritos, faremos com que o paciente tenha um acesso mais facilitado, pois mesmo com a pandemia, ele precisa ser atendido nas situações emergenciais em que se encontra”, disse o coordenador da Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde, Deivid Freitas.

Confira os locais e horários de atendimento:

Boa Vista
7 dias da semana, das 7h às 19h

Santa Luzia / Metropol / Próspera / Quarta Linha / Centro
Segunda à sexta-feira, das 8h às 17h

Acatando as novas regras de distanciamento social estabelecidas pelo Governo do Estado, em relação ao afastamento físico, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) sediou ontem, dia 17, uma reunião entre lideranças empresariais e políticas da Região Carbonífera, tendo como pauta a retomada plena das atividades econômicas em Santa Catarina, de forma segura a clientes, empreendedores e colaboradores. A iniciativa do encontro partiu da Câmara de Vereadores.

Com espaço aberto à palavra para os representantes de diferentes segmentos, a mobilização teve como encaminhamento a solicitação de uma reunião virtual com o governador Carlos Moisés da Silva, conforme documento que será dirigido pelo Legislativo municipal aos deputados estaduais e subscrito por deputados federais da região, para que sejam apresentadas as reivindicações ao chefe do Executivo estadual.

A Câmara também vai solicitar a reabertura de todos os segmentos e a suspensão dos decretos que impõem medidas restritivas, observando-se as regras de segurança e saúde. “Vamos fazer um documento, junto com outras entidades, solicitando o equilíbrio entre os setores, e estamos chamando os deputados a nos ajudar, para que saiam os encaminhamentos junto ao Governo do Estado e ao Governo Federal”, ressalta o presidente do Legislativo municipal, Tita Belloli.

Desde que a quarentena foi decretada em Santa Catarina, o setor produtivo vive dias de incerteza e, mesmo com a flexibilização, muitos empreendimentos em todo o Estado ainda não foram autorizados a abrir as portas.

Entre eles, estão bares, lanchonetes, restaurantes e afins, que seguem sem poder receber o público, assim como os shoppings, centros comerciais, galerias, além das academias e das igrejas, apesar de as atividades físicas e religiosas terem sido reconhecidas como essenciais por meio de um projeto aprovado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) nesta semana. A realização de eventos também continua proibida.

Mobilização

Diante da situação, a classe empresarial tem se mobilizado, no sentido de sensibilizar o Governo do Estado a também liberar as atividades nesses setores, com o respeito às novas normas de higiene e distanciamento necessários, estipuladas para conter o avanço do coronavírus.

“O setor entende que tem todas as condições de atender os cuidados que a Vigilância Sanitária pede, com relação a distanciamento, higienização. O que não podemos é continuar parados, acumulando prejuízos. A situação é falimentar, sobretudo para micro e pequenas empresas”, afirma o presidente da associação Via Gastronômica Criciúma, Valsi Mazzetto.

“Várias entidades se mobilizam toda semana, fazem demandas, escrevem documentos, encaminham para o governador, mas parece que esse sentimento de precariedade das empresas não sensibiliza quem recebe esses documentos. Porém, vamos continuar tentando, porque não são só os donos de estabelecimentos que estão sofrendo. Tem uma cadeia de fornecedores, colaboradores, familiares, que estão perecendo junto”, acrescenta.

Perdas

As perdas nos setores com atividades restritas ainda não foram quantificadas, mas há relatos de diversos estabelecimentos que já encerraram as atividades e a perda de empregos é considerada inevitável em todos os segmentos.

“Este é um momento que mostra com ainda mais evidência a força do associativismo. Precisamos estar unidos, apoiando-nos uns aos outros e cobrando do setor público que também faça a sua parte e permita a volta ao trabalho. As entidades estão mostrando que isso é possível, mantendo a segurança de todos”, considera o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.

O prefeito Clésio Salvaro relata que continuamente recebe pleitos de empreendedores solicitando o retorno das atividades. “No município, não há mais qualquer decreto proibindo o trabalho, mas há um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que é o Estado quem deve estabelecer as restrições e os municípios só poderiam ampliá-las. Estamos vivendo uma crise que não foi provocada por nós, mas precisamos vencer esse momento histórico”, afirma.

Dificuldades

Conforme Dagostin, as entidades empresariais mantêm representantes na equipe de governo que avalia a possibilidade de retorno das atividades. No entanto, os apelos para a retomada dos demais setores não são ouvidos. Os próprios deputados estaduais e federais presentes no encontro desta sexta-feira relataram dificuldades no contato com o governador Carlos Moisés.


Também participaram do encontro desta manhã representantes políticos municipais, estaduais e federais como os deputados estaduais Jessé Lopes, Luiz Fernando Vampiro (de forma virtual) e Rodrigo Minotto (de forma virtual) e os deputados federais Geovania de Sá, Ricardo Guidi e Daniel Freitas.

Encaminhamentos do encontro:

– Envio de ofício, pela Câmara Municipal de Criciúma, endereçado aos Governos Estadual e Federal, solicitando maior equilíbrio nas medidas de restrição aos segmentos econômicos, de modo que não haja medidas desproporcionais a determinados setores.

– Envio de documento, pela Câmara Municipal de Criciúma, endereçado ao Governo Estadual, sugerindo: a revogação do Decreto nº 525 de 23 de março de 2020, do Governo do Estado de Santa Catarina, que dispõe sobre novas medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e estabelece outras providências; a delegação de competência, aos prefeitos municipais, para a definição de restrições ao funcionamento dos setores econômicos e igrejas evangélicas, bem como da flexibilização e adoção de protocolos de segurança; e a elaboração e divulgação de políticas de prevenção, especialmente baseadas na higiene.

– Elaboração de ofício, pela Câmara Municipal de Criciúma, e respectiva entrega, pelos deputados estaduais, solicitando ao Governo Estadual, agendamento de reunião virtual entre Governador, Deputados Federais e Estaduais, Prefeito, Vereadores e representantes dos setores econômicos e igrejas evangélicas do município de Criciúma, a fim de discutir o Decreto nº 525 de 23 de março de 2020, do Governo do Estado de Santa Catarina, que dispõe sobre novas medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus e estabelece outras providências.


– Elaboração de ofício, pela Câmara Municipal de Criciúma, e respectiva protocolização no Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), manifestando a insatisfação de determinados setores socioeconômicos deste Município, tais como: gastronômico, de eventos, de shoppings, de transporte público e de academias, bem como igrejas evangélicas, com as regras impostas a estes segmentos.

O governador Carlos Moisés anunciou ontem, dia 17, a determinação do uso de máscaras em estabelecimentos públicos e privados de Santa Catarina. A decisão consta em uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado.

O mesmo documento estabelece que, ao adentrarem tais espaços, todos os cidadãos também devem higienizar suas mãos com álcool em gel 70%.

De acordo com o governador, os estabelecimentos não poderão aceitar clientes sem máscaras. Carlos Moisés aconselhou ainda que todos os catarinenses já saiam de suas casas usando os equipamentos. 

“Estamos fazendo um chamamento para as pessoas sobre a consciência do uso da máscara. Todos estão percebendo a importância de se proteger e proteger as outras pessoas”, diz o governador.

Carlos Moisés também citou um artigo científico publicado nos Estados Unidos sobre a eficiência do uso das máscara. Segundo ele, o estudo aponta que, num período de 30 dias, um total de 100 pessoas que não usam máscaras podem infectar até 30 mil outros. Nesse mesmo cenário, mas com o uso de máscaras, o número de infectados cai para 600.