Nesta quinta-feira (24), a Vigilância Epidemiológica de Criciúma identificou um foco do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, no bairro Argentina. A armadilha foi implantada no local pelo Programa de Combate à Dengue. Neste ano, este é o segundo foco encontrado na localidade, o primeiro caso ocorreu em fevereiro. 

Profissionais da Vigilância Epidemiológica do município irão intensificar as visitas nas residências ao redor do foco nesta sexta-feira (25).

Conforme a médica veterinária do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Criciúma, Mayara Vieira Tizatto, os agentes do órgão municipal farão uma Delimitação de Foco (DF), que é traçado um perímetro de 300 metros em todas as direções, a partir do foco encontrado. “Vamos de casa em casa, com autorização dos proprietários, verificar os recipientes e, se tiver água parada, vamos orientá-los sobre o descarte correto ou a colocação em lugares adequados. Além disso, se encontrarmos larvas, elas serão trazidas para o laboratório para confirmar se são do mosquito da dengue”, explica.

Sétimo foco em 2019

Neste ano, já foram encontrados sete focos do mosquito da dengue em Criciúma. Com este caso, já são dois focos no bairro Argentina e mais cinco espalhados pelas localidades da Vila Maria, Ceará, Centro, Santa Catarina e Imigrantes.

A primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação, com foco em crianças de seis meses a menores de cinco anos segue até sexta-feira (25). No município, nessa faixa etária, a cada 10 pessoas, oito já foram vacinadas. Mesmo assim, é importante que todos compareçam às unidades de saúde com a carteira de vacinação, para garantir a imunização. A segunda etapa, para pessoas entre 20 e 29 anos, inicia no dia 18 de novembro, mas não impede que as pessoas, nas faixas etárias previstas, compareçam às unidades de saúde.

Segundo a técnica de enfermagem do setor de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Kelli Barp Zanette, Criciúma não possui casos registrados. “As vacinas aplicadas são a tríplice viral (caxumba, sarampo e rubéola) e tetra viral (caxumba, sarampo, rubéola e varicela) podem ser tomadas até 49 anos. Até 29 anos é preciso ter duas doses e de 30 até 49 uma dose é suficiente”, destacou, acrescentando que “é preciso que todos compareçam às unidades de saúde para que o município siga sem registros”.

Números

O sarampo atinge o Brasil, sendo que Santa Catarina é o 6º em número de casos. Segundo dados do último boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), em 2019 foram confirmados 34 casos, 17 estão em investigação e 230 foram descartados. Entre os casos confirmados, um deles foi em Imbituba, no sul do estado. “Criciúma já estava em alerta, enfatizando no bloqueio à patologia, que é a vacinação. Com esse caso em Imbituba, nossa preocupação se acentua”, explicou a técnica de enfermagem.

Sintomas e transmissão

Os principais sintomas são febre, tosse, coriza, manchas vermelhas e olhos avermelhados. A doença é causada por um vírus, que se espalha facilmente pelo ar e permanece no ambiente por até duas horas e pode levar à morte. A transmissão ocorre por meio da respiração, tosse ou espirro. Uma pessoa pode infectar até 18 pessoas no mesmo local.

Dia D

No dia 18 de novembro inicia a campanha de Vacinação para pessoas entre 20 e 29 anos, sendo que no dia 30, será realizado o Dia D da segunda etapa, onde todas as salas de vacinação de Criciúma ficarão abertas das 8h às 17h.