Em 1991 foi promulgada a lei que instituiu o feriado do dia 4 de dezembro em alusão ao dia da Padroeira dos Mineiros, Santa Bárbara. Segundo uma antiga tradição, Santa Bárbara foi uma jovem que se converteu nos primeiros séculos, foi encarcerada por seu pai pagão em seu castelo para forçá-la à renúncia de sua fé. Vendo que suas tentativas não surtiam efeito, permitiu que a martirizassem cortando-lhe a cabeça com uma espada e ele mesmo morreu fulminado por um raio.

Ela nasceu na Nicomédia, perto do mar de Mármara, no começo do século III. Não existem referências a Santa Bárbara contidas nas primeiras autoridades da Igreja, nem no martirológio de São Jerônimo. Entretanto, a veneração a esta santa era comum desde o século VII.

Por volta desta data, existiram as lendárias atas de seu martírio, que foram incluídas na coleção de Simon Metaphraste, um dos mais renomados livros bizantinos. É representada com manto vermelho, cálice do sangue de Cristo, ramo de oliveira, coroa e espada, todos símbolos do martírio.

A lenda de que seu pai foi fulminado por um raio fez com que, provavelmente, fosse considerada pelas pessoas comuns como a santa padroeira em tempos de perigo pelas tempestades e o fogo e, em seguida, por analogia, como protetora dos artilheiros e dos mineiros. Também é invocada como intercessora para assegurar o recebimento da confissão e da Eucaristia na hora da morte.

As festividades em Criciúma, no Domingo ensolarado de 4 de dezembro de 1952, era lançada a pedra fundamental da construção da Igreja de Santa Bárbara, no bairro Operária. Nesse dia houve uma concentração de pessoas no local, que testemunharam o lançamento da pedra fundamental da Igreja pelo pároco da matriz São José, Estanislau Cizeski. O término das obras foi em 1960, inaugurada no dia 04 de dezembro do mesmo ano.

A Paróquia foi criada por decreto de Dom Anselmo Pietrulla, Bispo de Tubarão. Desmembrada da Paróquia São José, teve como primeiro vigário o reverendo padre Albino Destro, que tomou posse da paróquia no dia 1 o de janeiro de 1961, onde permaneceu até 19 de janeiro de 1964.

A capela de madeira no bairro Santo Antonio foi transferida para o bairro Operária, onde foi construída a igreja em alvenaria, contando com a participação direta dos mineiros, voluntários nas horas de folga.

Criciúma ficou marcada, na região, pela festa de Santa Bárbara. As festas das décadas de 1960 e 1970 eram organizadas pelos próprios mineiros. As atrações eram muitas: Esquadrilha da Fumaça, Banda da Polícia Militar da Capital, Banda Cruzeiro do Sul, show de paraquedismo, concurso de rainha, jogos entre seleções de mineiros, competições, gincanas, enfim, tudo que uma grande festa tem de melhor

Na década de 1960 o número expressivo de vinte mil pessoas compareciam aos festejos. Com o passar dos anos as celebrações se tornaram menores ao ponto da discussão inclusive da manutenção deste feriado, que se mantem mais por sua tradição, do que por sua significação contemporânea.